A Menina que Contava Estrelas

Era uma vez uma menina chamada Luma, que morava numa vila pequena cercada por montanhas e árvores altas. Desde muito pequena, ela adorava contar tudo o que via: as pedrinhas no chão, os degraus da escada, os passarinhos no céu… Mas o que ela mais gostava de contar eram as estrelas.

— Uma, duas, três, quatro… — ela dizia toda noite, com os olhos brilhando.

Luma não sabia que aquilo que ela fazia tinha um nome bonito: matemática. Ela só achava divertido ver como os números ajudavam a entender o mundo.

Na escola, Luma adorava as aulas de contar, somar e dividir. Enquanto alguns colegas achavam difícil, ela via tudo como um grande quebra-cabeça. Um dia, o professor levou um jogo de cubos coloridos para ensinar multiplicação, e Luma foi a única a montar uma torre certinha, com o número certo de cubos em cada lado.

O professor ficou tão impressionado que deu a ela um caderno especial de problemas. Luma levava o caderno pra todo lado. No almoço, fazia contas com os grãos de arroz. No quintal, media o comprimento das minhocas. Até no banho ela tentava calcular quantas bolhas saíam do sabonete!

Com o tempo, Luma começou a inventar seus próprios jogos de matemática. Ela ajudava os amigos a entender os deveres e fazia rimas com números pra ensinar os menores.

Quando cresceu, Luma foi estudar em uma cidade grande. Lá, descobriu que podia usar a matemática para muitas coisas: construir pontes, programar robôs e até estudar as estrelas que ela tanto amava contar.

Anos depois, Luma virou cientista. E foi ela quem criou um computador especial que ajudou a descobrir planetas novos, escondidos no céu. O mundo inteiro ficou impressionado.

Mas, mesmo famosa, ela nunca deixou de olhar pra cima à noite e contar:

— Uma, duas, três, quatro…

Porque Luma sabia que tudo começa com uma curiosidade simples e que os números, quando bem usados, podem levar a gente até as estrelas.

Fim.