Era uma vez, numa floresta alegre e cheia de risadas, um leãozinho chamado Léo. Léo era esperto, curioso e adorava brincar com seus amigos: a girafinha Gigi, o macaco Tito e a tartaruguinha Tina.
Mas Léo tinha uma coisa que às vezes o deixava triste: ele ainda não conseguia falar como os outros. As palavras saíam meio enroladas, e às vezes ele esquecia o nome das coisas. Quando tentava contar uma história, seus amigos precisavam prestar bastante atenção para entender.
Um dia, Léo estava sentado debaixo de uma árvore, com as orelhinhas caídas. Gigi veio correndo:
— Léo, vamos brincar de faz-de-conta?
— N…não… — Léo disse baixinho. — V…vocês vão rir de mim…
Gigi se sentou ao lado dele.
— Rir de você? Nunca! — disse ela, séria. — Você sabia que o Tito demorou pra aprender a subir nas árvores?
Tito deu uma cambalhota e riu:
— É verdade! Eu caía o tempo todo! Mas treinei tanto que agora sou o rei dos galhos!
Tina, que era sempre calma, chegou devagar e falou:
— E eu? Sou lenta. Muito lenta. Mas isso me fez aprender a observar tudo com atenção. Cada um aprende de um jeito, Léo.
Léo olhou pros amigos e pensou. Ele também queria aprender. Queria muito.
Naquela noite, Léo sonhou com o Cérebro Gigante, um leão velho e sábio que morava dentro da sua cabeça.
— Léo — disse o Cérebro com voz tranquila —, quando você tenta, eu fico mais forte. Toda vez que você repete uma palavra, mesmo que erre, eu construo um caminho novo aqui dentro. É como se você estivesse plantando sementinhas, uma a uma.
— Então… mesmo errando, eu tô crescendo por dentro?
— Exatamente. Seu cérebro é como um jardim. E você está cuidando dele com coragem.
Na manhã seguinte, Léo acordou animado. Ele ainda tropeçava nas palavras, mas decidiu tentar mais. Repetia devagar, ouvia com atenção, e quando errava… ria junto!
Com o tempo, e com muito esforço, Léo foi melhorando. Não porque quis ser igual aos outros, mas porque acreditou no seu tempo e no poder de tentar.
E sabe de uma coisa? Quando ele finalmente contou sua primeira história inteirinha, do começo ao fim, todos os amigos aplaudiram de verdade. Mas Léo já sabia: o mais importante não era falar perfeito, e sim nunca desistir de aprender.
Fim.
“Léo, o Leãozinho Que Aprendia no Seu Tempo”
Léo era esperto, curioso e adorava brincar com seus amigos: a girafinha Gigi, o macaco Tito e a tartaruguinha Tina.
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