Sim, a dificuldade e o atraso na interpretação necessários para encontrar o encaixe correto de um puzzle podem indicar uma dificuldade visuoespacial. Pessoas com dificuldades visuoespaciais podem ter problemas em perceber, analisar e manipular objetos no espaço, o que torna tarefas como montar puzzles desafiadoras e potencialmente frustrantes.
Essa dificuldade pode ocorrer tanto em pessoas com autismo quanto em pessoas com dislexia. No caso do autismo, é comum haver desafios em habilidades visuoespaciais e na coordenação motora fina, o que pode afetar a capacidade de montar puzzles. Já a dislexia, embora seja principalmente associada a dificuldades na leitura e escrita, também pode envolver problemas de processamento visual e memória de trabalho, impactando tarefas visuoespaciais.
Há uma relação entre dislexia e autismo no sentido de que ambas são condições neurodesenvolvimentais que podem compartilhar certos sintomas e comorbidades. Algumas pessoas podem ser diagnosticadas com ambas as condições, e pesquisas sugerem que há sobreposições em áreas como processamento sensorial e funções executivas.
Quanto à melhora da dislexia ao longo do tempo, é possível sim. Com intervenções apropriadas, como terapia educacional especializada, estratégias de aprendizagem adaptadas e apoio contínuo, muitas pessoas com dislexia conseguem desenvolver habilidades compensatórias. Isso pode levar a melhorias significativas na leitura, escrita e outras áreas afetadas, aumentando a confiança e reduzindo a frustração em tarefas desafiadoras.