Início ColunaNeurociências GIP revela divergência entre testes de QI infantis: genética confirma padrão do WISC, não do SON-R

GIP revela divergência entre testes de QI infantis: genética confirma padrão do WISC, não do SON-R

Centro de pesquisas identifica que testes não verbais como o SON-R superestimam a pontuação em crianças, enquanto o perfil genético de inteligência se alinha ao resultado do WISC.

por GIP – Genetic Intelligence Project

Centro de pesquisas identifica que testes não verbais como o SON-R superestimam a pontuação em crianças, enquanto o perfil genético de inteligência se alinha ao resultado do WISC.

Um novo relatório do GIP – Genetic Intelligence Project, braço científico do Centro de Inteligência Genética Aplicada, revelou uma descoberta relevante sobre a precisão de testes de inteligência em crianças. O estudo envolveu a aplicação conjunta dos testes WISC (Wechsler Intelligence Scale for Children) e SON-R (Snijders-Oomen Nonverbal Intelligence Test), cruzados com a análise genômica dos participantes.

Os dados apontaram que o SON-R gerou pontuações mais altas em comparação com o WISC nos mesmos indivíduos. No entanto, ao comparar esses resultados com os marcadores genéticos de inteligência identificados via GWAS, observou-se que os escores do WISC refletiam com maior fidelidade os níveis esperados conforme a composição genotípica das crianças.

O que diferencia os testes?
WISC: baseia-se em tarefas verbais, lógicas e de memória de trabalho. Está mais fortemente associado às funções executivas e habilidades cognitivas herdáveis, frequentemente mapeadas em estudos de inteligência poligênica.

SON-R: de natureza não verbal e adaptativa, busca minimizar barreiras culturais e linguísticas. Embora eficaz em contextos clínicos diversos, pode superestimar o desempenho em perfis com estratégias compensatórias momentâneas.

Interpretação dos achados
A principal conclusão do relatório é que o SON-R, embora útil como instrumento complementar, tende a suavizar as limitações cognitivas estruturais em alguns perfis infantis. Por outro lado, o WISC demonstrou maior coerência com os dados genéticos individuais, sugerindo que avalia com mais precisão as bases neurocognitivas associadas ao potencial intelectual.

A discrepância observada reforça a importância de cruzamento entre testes psicométricos e informações genéticas, sobretudo quando se busca uma compreensão aprofundada da inteligência de base.

Perspectivas para o futuro
O GIP planeja expandir a pesquisa para outras faixas etárias, incluindo a aplicação de testes como o WAIS, além de incorporar dados epigenéticos que possam esclarecer a influência do ambiente sobre a expressão de genes relacionados à cognição.

Este achado contribui para o avanço de uma psicometria integrada à neurociência e à genética, promovendo diagnósticos mais precisos e intervenções educacionais mais eficazes.

Alguns destaques

Deixe um comentário

7 − 1 =

Translate »