Era uma vez uma menina chamada Joana. Ela tinha cinco anos, cabelo castanho como chocolate, e um ursinho de pelúcia chamado Pingo.
Joana gostava muito de brincar. Brincava com massinha, corria no quintal, inventava histórias com seus bonecos… Mas tinha uma coisa que ela não gostava tanto: dormir cedo.
Quando o sol ia embora e o céu ficava escuro, Joana começava a inventar motivos para não ir para a cama. “Mais um desenho!”, dizia. Ou então: “Estou com sede… posso beber mais um copo de água?”
A mamãe avisava:
— Joana, a Lua está no céu, é hora de descansar!
Mas Joana não queria saber da Lua. Queria brincar mais.
Na manhã seguinte, Joana acordava com cara de nuvem cinza. Bocejava muito. Ficava com preguiça até de levantar da cama. No jardim da escola, todos corriam, pulavam, sorriam… e Joana só queria sentar.
— O que houve, Joana? — perguntou a professora.
— Estou cansada… — disse Joana, com os olhos pequeninos.
Nos dias seguintes, isso continuou. Joana começou a sentir dor de cabeça, não conseguia prestar atenção nas histórias, e até o Pingo parecia triste.
Foi então que, numa noite silenciosa, Joana ouviu um barulhinho vindo da janela. Era a Lua, que apareceu de mansinho e disse:
— Joana, por que não dormes quando eu chego?
Joana ficou surpresa.
— Eu… queria brincar mais…
A Lua sorriu e explicou com voz suave:
— Enquanto dormes, teu corpo cresce forte, teu coração descansa, e teu cérebro arruma todas as ideias. Dormir cedo é como dar um abraço no teu futuro.
Joana pensou, pensou… e decidiu fazer um teste.
Na noite seguinte, vestiu o pijama, abraçou o Pingo, e quando a Lua apareceu no céu, ela fechou os olhos.
Na manhã seguinte… Joana acordou com cara de sol!
Tinha energia para correr, rir, pintar e brincar com os amigos.
Até a professora notou:
— Joana! Estás com brilho nos olhos hoje!
— Dormi cedo ontem — disse ela, orgulhosa.
E assim, Joana aprendeu que a Lua não era chata.
Ela só queria ajudar.
Fim.
“Joana e a Lua Atrasada”
47