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Artigo de Opinião Resumido com Base Neurocientífica

Do ponto de vista clínico e neurocientífico, o que costumamos chamar de “loucura” corresponde, na realidade, a um conjunto de condições psiquiátricas ou neurológicas que alteram a forma como uma pessoa percebe, sente, pensa ou se comporta.

por Redação CPAH

Por: Dr. Fabiano de Abreu

A noção de “loucura” é um conceito socialmente construído, historicamente carregado de estigma. Do ponto de vista clínico e neurocientífico, o que costumamos chamar de “loucura” corresponde, na realidade, a um conjunto de condições psiquiátricas ou neurológicas que alteram a forma como uma pessoa percebe, sente, pensa ou se comporta. Entre esses distúrbios, destacam-se:

1. Transtorno Bipolar: Carateriza-se por oscilações de humor (episódios de mania e depressão) que podem levar a comportamentos considerados “anormais” ou “excêntricos”.
2. Esquizofrenia: Envolve alterações na percepção da realidade, como alucinações e delírios, o que muitas vezes é rotulado pejorativamente como “loucura”.
3. Transtornos Psicóticos Não Específicos: Sintomas psicóticos que não preenchem todos os critérios para esquizofrenia ou transtorno bipolar, mas causam severa distorção da realidade.
4. Alguns Quadros Neurológicos (ex.: Demências ou Epilepsias): Dependendo da área afetada do cérebro, podem provocar alterações de comportamento ou de consciência que, pela falta de compreensão social, também recebem rótulos preconceituosos.

É importante ressaltar que esses quadros não definem um “louco”, mas pessoas com condições específicas que exigem intervenção e compreensão. O estigma da “loucura” nasce do desconhecimento e da dificuldade que a sociedade tem em entender como o cérebro e a mente funcionam em circunstâncias particulares.

A “Compensação” pela Inteligência
Há indivíduos que, sentindo sinais de desorganização cognitiva ou emocional, buscam na ideia de “serem muito inteligentes” uma forma de negar ou compensar a possibilidade de estarem doentes. Isso ocorre, em parte, por um mecanismo de defesa psicológica:
– *Preservação da Autoestima*: Quando a pessoa suspeita de um transtorno ou percebe falhas no pensamento, agarra-se à crença de inteligência elevada para manter uma imagem positiva de si mesma.
– *Negação e Racionalização*: São defesas inconscientes que reduzem o desconforto interno. Em termos neurocientíficos, a região pré-frontal do cérebro pode tentar “explicar” comportamentos e pensamentos disfuncionais de maneira lógica ou supervalorizada.

Como Esse Mecanismo Funciona no Cérebro
O cérebro humano tem um forte componente de *consistência interna*: procura justificar crenças e comportamentos para proteger a própria identidade. Em pessoas com distorções cognitivas ou transtornos mentais, essa tentativa de autopreservação pode ser mais intensa.
– *Ativação de Circuitos de Recompensa (dopamina):* Ao se considerar “muito inteligente”, a pessoa experimenta alívio e reforço positivo, o que ajuda a manter a crença, mesmo sem fundamento real.
– *Desvio de Atenção dos Sintomas:* Ao focar no suposto “alto QI” ou na “superioridade” intelectual, o indivíduo pode ignorar indícios de que precisa de ajuda profissional.

Reflexão Final
Portanto, não existe alguém que seja “louco” por definição; existem múltiplas condições neurológicas e psiquiátricas que podem distorcer a percepção da realidade, afetando pensamento, humor e comportamento. Algumas pessoas, ao notarem sinais dessas alterações, negam a possibilidade de transtorno e se consideram brilhantes, seja por fuga psicológica ou por falhas nos processos de autorreflexão. Reconhecer que tais comportamentos não são “fingimento”, mas sim parte de mecanismos de defesa e de funcionamento cerebral, é crucial para que profissionais de saúde, familiares e sociedade possam oferecer acompanhamento adequado e reduzir o estigma associado às doenças mentais.

Alguns destaques

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