Início Produções CientíficasModelo Científico O reflexo cinematográfico no antagonismo da felicidade: Uma análise neurocomportamental

O reflexo cinematográfico no antagonismo da felicidade: Uma análise neurocomportamental

Este artigo explora como a interação entre a neurociência e as técnicas cinematográficas pode influenciar nossa percepção de felicidade e antecipação do infortúnio.

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Pesquisador(a):  

Dr. Fabiano de Abreu – O Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e Genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE – Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society e Triple Nine Society. Autor de mais de 200 artigos científicos e 15 livros.

Introdução

A dualidade da experiência humana, onde momentos de intensa alegria parecem ser precursores de desventuras, é um fenômeno que transcende a experiência subjetiva e encontra paralelos na estrutura narrativa do cinema. Este artigo explora como a interação entre a neurociência e as técnicas cinematográficas pode influenciar nossa percepção de felicidade e antecipação do infortúnio.

Neurocomportamento

1. O Papel do Sistema Límbico e da Amígdala: Central na regulação das emoções, a amígdala, juntamente com o sistema límbico, desempenha um papel crucial na maneira como interpretamos e reagimos aos estímulos emocionais. Em momentos de alegria contínua, esses mecanismos podem iniciar uma resposta de precaução, ativando uma sensação de alerta para equilibrar o estado emocional e prevenir a vulnerabilidade.

2. A Influência Narrativa do Cinema: O cinema, com suas estratégias dramáticas, frequentemente posiciona a tragédia nos calcanhares da felicidade, criando uma dinâmica de expectativa e choque. Esta abordagem não só serve para capturar a atenção do público, mas também pode, de forma subliminar, condicionar o espectador a esperar o pior após períodos de plenitude.

3. Condicionamento e Treinamento Cerebral: A constante exposição a esses padrões narrativos pode resultar em uma forma de condicionamento, semelhante ao experimento de Pavlov com seus cães. O público pode começar a associar, ainda que inconscientemente, a felicidade com a iminente chegada de adversidades, refletindo um fenômeno de aprendizado e preparação neurológica.

4. Consequências Psicológicas e Comportamentais: Tal predisposição pode ter implicações profundas, afetando o bem-estar mental e emocional. Pode levar a um estado de vigilância constante, dificultando a capacidade de desfrutar genuinamente de momentos de felicidade, além de influenciar as escolhas e atitudes no cotidiano.

Conclusão: A interação entre as estruturas cerebrais responsáveis pelas emoções e as narrativas do cinema lança luz sobre um aspecto interessante da psicologia humana. Enquanto mais pesquisas são necessárias para compreender totalmente esta dinâmica, é inegável que a arte cinematográfica vai além do entretenimento, moldando sutilmente nossa forma de perceber e reagir aos altos e baixos da vida.

Nota do Escritor: Este artigo é uma reflexão sobre como a interseção entre a neurociência, psicologia comportamental e o cinema pode esclarecer aspectos intrigantes do comportamento humano. Ele sublinha a importância de reconhecer o impacto cultural e psicológico do entretenimento nas nossas vidas cotidianas.

Referências

  • “The Emotional Brain: The Mysterious Underpinnings of Emotional Life” por Joseph LeDoux.
  • “How Movies Affect Our Minds” em Psychology Today.
  • “Classical Conditioning and Its Role in Forming Phobias” por Ivan Pavlov.

Alguns destaques

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