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As limitações cognitivas nos levam a desqualificar o saber alheio

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Por: Dr. Fabiano de Abreu Agrela 

Uma pessoa acometida por qualquer disfunção cerebral, que afete de forma direta a região frontotemporal do cérebro, tem dificuldade em discernir, interpretar e arquivar um novo conhecimento e/ou ideia, não apenas pela “atrofia” nestas regiões, ou a não eficiência na comunicação da circuitaria neural.

Mas por haver um vício mental, já instalado da recompensa, o cérebro opta pelas memórias já cristalizadas, apreendidas. Este fato dá-se, não apenas pela economia de energia cerebral, mas por utilizarem essa rota cognitiva de forma a satisfazer e proteger o narcisismo primário, diante daquilo que conforta e por irem de encontro ao seu raciocínio e ideias primárias.

Podemos portanto referir que essas memórias foram armazenadas, assim como as modeladas pela experiência a favor das reações fisiológicas prazerosas do próprio indivíduo.

Quando este se coloca desta forma perante o que lhe podem parecer ideias de confronto, exatamente por não conseguirem sair da bolha do que lhe é confortável, encontram-se em terreno infértil, impossível de gerar novos pensamentos obviamente pela dificuldade em estabelecer novas experiências através de quebra de paradigmas.

Além disto, há uma tendência em desqualificar o saber alheio, em retirar lhe valor e importância especialmente quando este fere o íntimo e quando este não é compreendido. Há uma aversão ao que se suplanta e uma inabilidade para fazer o curso contrário e tentar apreender e somar conhecimento.

ISSN: 2763-6895

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