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Uso prolongado de óleo de cozinha reutilizado pode aumentar risco de demência, revela Estudo

A pesquisa, apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular, mostrou níveis elevados de neurodegeneração em ratos alimentados com óleos de cozinha reutilizados, comparados a roedores que seguiram dietas mais saudáveis.

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Um estudo recente aponta que a neurodegeneração pode ser agravada pelo consumo de alimentos preparados em óleo de cozinha reutilizado, uma prática comum em frituras como batatas fritas e frango frito. A pesquisa, apresentada na reunião anual da Sociedade Americana de Bioquímica e Biologia Molecular, mostrou níveis elevados de neurodegeneração em ratos alimentados com óleos de cozinha reutilizados, comparados a roedores que seguiram dietas mais saudáveis.

Esta descoberta vem ampliar as preocupações em relação às dietas inadequadas e seus impactos na saúde. Já é conhecido que défices nutricionais podem enfraquecer o sistema imunitário e contribuir para doenças crónicas não transmissíveis, como obesidade, colesterol elevado, hipertensão, doenças cardiovasculares e esteatose hepática. Agora, o estudo sugere que a dieta também pode influenciar o risco de desenvolvimento de demência.

Os cientistas, liderados por Kathiresan Shanmugam, da Universidade Central de Tamil Nadu, na Índia, detectaram que a neurodegeneração observada nos roedores pode estar associada a uma perturbação na comunicação entre o fígado, o intestino e o cérebro, redes vitais para a regulação de funções fisiológicas. Perturbações nestas redes estão ligadas a distúrbios neurológicos.

Importante destacar que a demência é um termo genérico para doenças caracterizadas por alterações cognitivas, frequentemente associadas a perda de memória e desorientação. Segundo a Organização Mundial de Saúde, cerca de 40% dos casos, incluindo Alzheimer, poderiam ser prevenidos ou retardados. Atualmente, há uma estimativa de 47.5 milhões de pessoas com demência no mundo, número que pode alcançar 75.6 milhões em 2030 e quase triplicar em 2050, chegando a 135.5 milhões.

Este estudo enfatiza a importância de escolhas alimentares saudáveis e os riscos associados ao uso prolongado de óleos de cozinha reutilizados, trazendo uma nova perspectiva sobre os impactos de práticas culinárias no desenvolvimento de doenças neurológicas.

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