A partir de maio, as empresas serão responsáveis por zelar pela saúde mental dos seus colaboradores, colocando a preservação do bem-estar mental no mesmo patamar da saúde física. Este novo regulamento surgiu da atualização da NR-1 (Norma Regulamentadora n.º1) que visa prevenir doenças profissionais, absentismo e ações judiciais relacionadas com questões de saúde mental, que têm causado um encargo significativo à segurança social. As empresas também enfrentarão inspeções periódicas para garantir a conformidade e medidas ativas para mitigar os riscos psicossociais no local de trabalho.
Pontos-chave da atualização da norma regulamentadora:
– A lei determina que as empresas sejam responsáveis por manter um ambiente de trabalho psicologicamente saudável, semelhante às suas obrigações existentes em matéria de segurança física.
– As questões de saúde mental respondem por 38% de todos os pedidos de afastamento do INSS, gerando custos significativos superiores a R$ 12 bilhões para a seguridade social nos últimos anos.
– As empresas serão submetidas a inspeções regulares por auditores trabalhistas para avaliar o seu compromisso com a identificação e mitigação de riscos psicossociais.
– O não cumprimento da nova legislação pode resultar em penalidades significativas, incluindo multas e potencial cessação de operações.
– Os empregadores podem recorrer das sanções e apresentar planos de adaptação se forem citados por violarem os regulamentos de saúde mental.
– Há um reconhecimento crescente de transtornos de saúde mental, como o Burnout, como doenças ocupacionais.
– As empresas devem implementar avaliações, incluindo questionários e observações diretas, para identificar potenciais riscos psicossociais para os seus funcionários.
A saúde mental do trabalhador é extremamente importante por razões que impactam tanto o indivíduo quanto a organização como um todo. Em primeiro lugar, a saúde mental está diretamente relacionada ao bem-estar geral do funcionário. Aqueles que se sentem mentalmente saudáveis tendem a ser mais felizes, motivados e satisfeitos com suas vidas pessoais e profissionais.
Além disso, a saúde mental afeta a produtividade; problemas emocionais como estresse e ansiedade podem prejudicar a concentração e o desempenho, levando a uma diminuição na eficiência no trabalho. Essa situação também pode resultar em um aumento de conflitos, uma vez que funcionários que estão enfrentando dificuldades emocionais podem ter relações interpessoais mais complicadas, enquanto um ambiente saudável favorece a colaboração em equipe.
Outro aspecto importante é o impacto no absenteísmo e na rotatividade. Questões de saúde mental são uma das principais causas de faltas no trabalho e de turnover, promover a saúde mental pode ajudar a reduzir esses custos. Além disso, um ambiente que prioriza a saúde mental estimula a inovação e a criatividade, pois os colaboradores se sentem apoiados e valorizados estando mais propensos a contribuir com novas ideias e abordagens.
Por fim, cuidar da saúde mental dos colaboradores também reflete uma responsabilidade social das empresas, melhorando sua imagem e atraindo talentos. Vale destacar que a saúde mental e física estão interligadas, uma vez que o estresse e problemas emocionais podem levar a sérios problemas de saúde, como doenças cardíacas e distúrbios alimentares. Promover a saúde mental no trabalho é, portanto, uma decisão estratégica que pode beneficiar todos os envolvidos.
