Van EscortDiyarbakır EscortMardin EscortKayseri EscortVan EscortDiyarbakır EscortMardin EscortKayseri EscortMardin EscortVan EscortMardin EscortMardin Escortmatbet girişatlasbet girişMardin EscortMardin EscortMardin EscortMardin Escortmardin escortMardin EscortMardin EscortMardin EscortMardin EscortMardin EscortVan Escortvan escortVan Escort
Início ColunaEducação Infantil - HistóriasLucas e a Escola Onde Acontecem Coisas Que Ninguém Vê

Lucas e a Escola Onde Acontecem Coisas Que Ninguém Vê

Sabia que os dinossauros ainda podiam estar escondidos no fundo do mar, que o chocolate quente devia vir com três bolachas e que, definitivamente, não precisava de escola para ser feliz.

por Redação CPAH

O Lucas tinha cinco anos e muitas certezas. Sabia que os dinossauros ainda podiam estar escondidos no fundo do mar, que o chocolate quente devia vir com três bolachas e que, definitivamente, não precisava de escola para ser feliz.

— Escola outra vez? — dizia ele a franzir o nariz. — Eu fico bem aqui com o meu cão Tobias e os meus legos. Na escola não há sofá, nem cheiro de torrada, nem silêncio de manhã.

A mãe sorria, com aquele olhar que os adultos fazem quando sabem uma coisa que os miúdos ainda não sabem.

— Mas Lucas… e se a escola for o único sítio onde acontecem coisas que só quem vai consegue ver?

O Lucas não respondeu. Achou que aquilo parecia conversa de crescidos a tentar enganar.

No dia seguinte, depois de muito resmungar, lá foi ele. A mochila parecia mais pesada do que nunca. Os sapatos faziam barulho de “não quero”.

Mas, mal atravessou o portão da escola, percebeu uma coisa… diferente.

A D. Maria da portaria piscou-lhe o olho e sussurrou:

— Hoje é dia de surpresa invisível.

O Lucas ficou quieto. O que era uma surpresa invisível?

Entrou na sala. As cadeiras estavam no mesmo lugar. Os lápis no mesmo copo. Mas quando a professora Ana disse “Bom dia!”, Lucas teve a estranha sensação de que aquela sala podia mudar… se ele quisesse.

E então, aconteceu.

Quando abriu o caderno, as folhas estavam brancas… mas começaram a mostrar imagens sozinhas. Como se estivessem a lembrar-lhe das ideias que ele ainda ia ter.

O Pedro, que nunca sorria, estava a rir. A Sara, que era tímida, desenhava uma baleia gigante a voar. E o Tobias? Bem, o Tobias não estava lá, mas o Lucas jurava que tinha ouvido um latido baixinho debaixo da secretária.

Na hora do recreio, ele correu com tanta força que parecia que os pés sabiam o caminho antes do corpo. E, pela primeira vez, sentiu que estar ali fazia sentido.

À tarde, quando a mãe o veio buscar, ele entrou no carro com a cara de quem não queria sair.

— Então, como correu o dia?

O Lucas respondeu:

— A escola não é um castelo. Mas acho que é uma espécie de… planeta. Só que só se vê bem por dentro.

A mãe não disse nada. Apenas sorriu.

E no dia seguinte, o Lucas foi para a escola sem resmungar. Porque agora sabia: há coisas que só acontecem quando a gente está lá para ver.

Alguns destaques

Deixe um comentário

5 × 1 =

Translate »