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Abraço: Vestígio evolutivo de proteção e conexão humana

Evidências sugerem que essa ação, presente em diversas culturas, pode ser um resquício evolutivo de um comportamento essencial para a sobrevivência em climas frios.

por

Pesquisador(a): 

Dr. Fabiano de Abreu – O Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, é um Pós-doutor e PhD em neurociências eleito membro da Sigma Xi, The Scientific Research Honor Society e Membro da Society for Neuroscience (USA) e da APA – American Philosophical Association, Mestre em Psicologia, Licenciado em Biologia e História; também Tecnólogo em Antropologia e filosofia com várias formações nacionais e internacionais em Neurociências e Neuropsicologia. Pesquisador e especialista em Nutrigenética e Genômica. É diretor do Centro de Pesquisas e Análises Heráclito (CPAH), Cientista no Hospital Universitário Martin Dockweiler, Chefe do Departamento de Ciências e Tecnologia da Logos University International, Membro ativo da Redilat, membro-sócio da APBE – Associação Portuguesa de Biologia Evolutiva e da SPCE – Sociedade Portuguesa de Ciências da Educação. Membro das sociedades de alto QI Mensa, Intertel, ISPE High IQ Society e Triple Nine Society. Autor de mais de 200 artigos científicos e 15 livros.

Introdução:

O abraço, frequentemente interpretado como um gesto de afeto e conexão humana, possui raízes que transcendem o mero contato físico. Evidências sugerem que essa ação, presente em diversas culturas, pode ser um resquício evolutivo de um comportamento essencial para a sobrevivência em climas frios.

Hipótese:

O abraço, além de uma expressão de afeto, possui uma função ancestral de proteção contra o frio. Essa função teria sido crucial para a sobrevivência humana em climas frios, e ainda hoje pode influenciar comportamentos e culturas em diferentes regiões do mundo.

Argumentos:

  1. Evidências históricas e culturais:
  • Observações em diversas culturas demonstram uma maior frequência de abraços em países com climas mais frios. Essa correlação sugere uma possível adaptação cultural ao frio, utilizando o abraço como forma de proteção e compartilhamento de calor.
  • Registros históricos e iconografias de diferentes eras retratam o abraço como um gesto presente em diversas sociedades, reforçando sua importância cultural e histórica.
  1. Comportamento animal:
  • O comportamento de primatas se abraçando para se aquecerem durante a Era do Gelo fornece um paralelo interessante. Essa prática demonstra a utilidade do abraço como ferramenta de sobrevivência em climas frios.
  • A similaridade entre o comportamento animal e o humano sugere que o abraço pode ser um vestígio evolutivo de um comportamento essencial para a sobrevivência em ambientes frios.
  1. Fatores fisiológicos e psicológicos:
  • O contato físico do abraço gera diversos benefícios fisiológicos, como a diminuição do cortisol (hormônio do estresse) e o aumento da ocitocina (hormônio do amor). Essa resposta hormonal contribui para a sensação de conforto e segurança, essencial para o bem-estar individual.
  • Em termos psicológicos, o abraço pode fortalecer laços sociais, reduzir sentimentos de solidão e promover um sentimento de pertencimento. Essa conexão social é crucial para o desenvolvimento humano e a formação de comunidades coesas.

Exceções e considerações:

  • É importante reconhecer que a cultura e o contexto social também influenciam a frequência e o significado do abraço em diferentes sociedades.
  • Existem culturas, como a dos povos indígenas brasileiros, onde o abraço não é uma prática habitual, evidenciando a influência de fatores além do clima na expressão de afeto.

Conclusão:

Embora o abraço seja frequentemente interpretado como um gesto de afeto e conexão, sua origem pode estar ligada a uma necessidade ancestral de proteção contra o frio. Essa função primordial teria moldado comportamentos e costumes em diferentes culturas, influenciando a forma como os seres humanos se relacionam e expressam suas emoções.

Desenvolvimento adicional:

  • Estudos comparativos: Investigar a frequência e o significado do abraço em diferentes culturas, com foco na relação entre clima e comportamento.
  • Análise antropológica: Explorar as raízes evolutivas do abraço e sua relação com a formação de laços sociais e a coesão grupal.
  • Investigações fisiológicas: Analisar os efeitos do abraço no sistema hormonal e no bem-estar individual.

Implicações:

A compreensão da origem e da função ancestral do abraço pode contribuir para:

  • Fortalecimento de laços sociais: Incentivar a prática do abraço como forma de promover o bem-estar individual e a conexão social.
  • Promoção da interculturalidade: Reconhecer a diversidade cultural nas expressões de afeto e evitar interpretações etnocêntricas.
  • Valorização da ancestralidade: Reconhecer a importância da história e da evolução humana na formação de nossos costumes e comportamentos.

Observação: Este modelo científico é um ponto de partida para pesquisas e reflexões sobre o abraço. As informações aqui presentes podem ser utilizadas para o desenvolvimento de estudos mais aprofundados sobre o tema.

ISSN: 2763-6895

Prefixo DOI: 10.56238/cpahciencia

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