O uso de chupetas por adultos virou a nova “trend” nas redes sociais, e a perspectiva psicológica sobre o assunto aponta para questões que vão além de um simples hábito. Embora alguns usuários relatem benefícios como alívio do estresse, ajuda para dormir e até para parar de fumar, especialistas alertam que o uso pode ser um sinal de algo mais profundo.
A principal preocupação psicológica é a chamada “regressão de idade”, um mecanismo de defesa do ego que envolve um retorno temporário ou prolongado a um estágio anterior do desenvolvimento. Para a psicologia, usar uma chupeta pode ser uma maneira de “fugir” de responsabilidades e desafios da vida adulta, buscando o conforto e a segurança que a infância representa.
Em vez de enfrentar a causa real da ansiedade, o estresse ou o desconforto emocional, a pessoa recorre à chupeta como uma forma de evasão. É como se o objeto oferecesse um refúgio simbólico, um “cercadinho” onde as decisões e as pressões da vida adulta não precisam ser enfrentadas. Poderíamos comparar ao uso de cigarro ou álcool ou qualquer outro tipo de droga (ressalvadas as proporções e malefícios obviamente).
Embora o uso da chupeta possa proporcionar uma sensação de conforto e calma momentânea, a prática não resolve o problema subjacente. A chupeta atua como um mecanismo de alívio rápido, mascarando os sintomas em vez de lidar com a causa. Psicólogos sugerem que a solução real é enfrentar os desafios diretamente e buscar um tratamento de longo prazo para as questões emocionais, como a ansiedade ou o trauma em si.
A necessidade de se agarrar a um item infantil para se sentir seguro pode ser um indicativo de que as necessidades emocionais do adulto não estão sendo atendidas. A busca por essa sensação de segurança infantil pode limitar o desenvolvimento pessoal, dificultando a capacidade de lidar com os desafios da vida de forma madura e construtiva.
Vale ressaltar que, além das questões psicológicas, o uso prolongado de chupeta por adultos também pode trazer problemas de saúde física, como desalinhamento dos dentes, problemas na mandíbula e dificuldades na fala.
Embora algumas pessoas encontrem alívio temporário, a perspectiva psicológica predominante é que o uso de chupetas por adultos pode ser um sintoma de questões emocionais mais profundas, como a dificuldade de lidar com o estresse e a responsabilidade da vida adulta. A busca por conforto na infância pode ser uma forma de evitar o amadurecimento e o enfrentamento dos desafios necessários para o desenvolvimento pessoal.

