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Estudo Revela Curiosidade Epistêmica como “Santo Graal” para Identificação Universal de Superdotados

Este artigo resume os principais achados e implicações do estudo, destacando como a curiosidade epistêmica persistente emerge como o traço comportamental central – o "Santo Graal" – que organiza o fenótipo da alta capacidade cognitiva.

por Redação CPAH

Por Equipe CPAH – Centro de Pesquisa e Análises Heráclito
Data: 12 de setembro de 2025


No Centro de Pesquisa e Análises Heráclito (CPAH), estamos comprometidos com o avanço do conhecimento em neurociências, genômica e comportamentos humanos. Um dos nossos estudos mais recentes, liderado pelo Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, diretor do CPAH e referência internacional em superdotação, acaba de ser publicado na revista Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar. Intitulado “Traços Universais de Identificação da Superdotação: Análise Científica Abrangente”, o trabalho propõe um marco inovador para identificar indivíduos superdotados de forma mais precisa e holística, integrando evidências psicométricas, neurofuncionais e genéticas. Este artigo resume os principais achados e implicações do estudo, destacando como a curiosidade epistêmica persistente emerge como o traço comportamental central – o “Santo Graal” – que organiza o fenótipo da alta capacidade cognitiva.

Contexto e Objetivo do Estudo

A superdotação, historicamente definida por um QI igual ou superior a 130 em testes padronizados como WAIS ou Stanford-Binet, vai além de uma mera métrica numérica. No CPAH, sob a direção do Dr. Rodrigues – que detém o recorde de maior QI do Brasil (160 pontos na Escala Wechsler, homologado pelo RankBrasil) e é membro de sociedades como Mensa, Triple Nine Society e HELLIQ –, exploramos a base neurobiológica e genética desse fenômeno. O estudo testa a hipótese de que a curiosidade epistêmica persistente é o traço nuclear, organizando comportamentos derivados como análise meticulosa, perfeccionismo adaptativo e foco sustentado.

Realizado como uma revisão integrativa de literatura de 2000 a 2025, o trabalho sintetiza dados de PubMed, PsycINFO, Web of Science e outras bases, incluindo evidências do Genetic Intelligence Project (GIP), fundado pelo Dr. Rodrigues. A assistência de IA foi usada para triagem de artigos, mas todas as interpretações são exclusivas do autor.

Metodologia e Fundamentos Neurobiológicos

O estudo integra três eixos principais:
– *Psicométrico*: Recomenda um limiar de QI ≥130 ajustado por interferências como ansiedade (correção de +3 a +12 pontos), TDAH (+8 pontos) e TEA (+6 pontos), com reteste padronizado para reduzir o impacto do “scatter” (heterogeneidade entre subtestes). O Stanford-Binet 5 demonstra invariância de medida em populações clínicas.
– *Neurofuncional*: Destaca o circuito VTA-estriado ventral-hipocampo-PFC, onde estados de curiosidade amplificam a codificação hipocampal via sinalização dopaminérgica e glutamatérgica (Gruber et al., 2014; Huang et al., 2022).
– *Genético*: A superdotação é poligênica, com genes como BDNF, COMT, DRD2, DRD4, ANKK1 e KIBRA modulando a responsividade à novidade e plasticidade sináptica.

O modelo operacional propõe correções quantitativas para aproximar o potencial real, considerando gradientes de intensidade: indivíduos com QI ~140 exibem maior persistência em curiosidade dirigida do que aqueles com ~130.

Resultados Principais: Traços Universais

O núcleo da identificação universal requer convergência de:
– *Núcleo Psicométrico*: QI ajustado ≥130, confirmado por bateria completa e reteste.
– *Núcleo Neurofuncional*: Eficiência sustentada em redes fronto-parietais durante tarefas de raciocínio, memória e linguagem.
– *Núcleo Comportamental*: Curiosidade epistêmica persistente, com preferência por complexidade, foco intrínseco, soluções originais e autocorreção elevada.

Uma tabela de traços comuns é apresentada como guia:
– *Núcleo Necessário*: Curiosidade epistêmica persistente; estudo autodirigido; metacognição constante; autocorreção sistemática; preferência por complexidade; geração de hipóteses; foco sustentado.
– *Padrão Recorrente*: Questionamento abrangente; soluções originais; transferência rápida de aprendizado; organização do conhecimento; raciocínio analítico; perfeccionismo adaptativo; sensibilidade a inconsistências; planejamento por objetivos.
– *Moduladores de Perfil*: Necessidade de novidade; hiperfoco; preferência por pares compatíveis; sentido de justiça; expressão emocional intensa; comunicação sofisticada; busca por feedback.

Em casos de dupla excepcionalidade (superdotação com TEA ou TDAH), a heterogeneidade exige avaliação individualizada, mas o núcleo comportamental persiste após estabilização.

Discussão: Implicações para a Sociedade e a Ciência

A “necessidade do novo” explica mecanisticamente o alto desempenho: curiosidade potencializa o acoplamento cerebral, elevando retenção e controle executivo. Geneticamente, polimorfismos favorecem um fenótipo exploratório, alinhado à Inteligência DWRI – conceito introduzido pelo Dr. Rodrigues, que liga lógica e decisões ao desenvolvimento de inteligências múltiplas.

O estudo reduz falsos negativos em contextos de ansiedade e melhora a identificação em populações neurodivergentes. No CPAH, isso se conecta a projetos como o Gifted Debate (maior fórum mundial de superdotados, com >500 membros de 20 países), RG-TEA (para autismo) e Neurogenomic, combinando neurociência e genômica.

Conclusão

Este trabalho reforça a natureza poligênica da superdotação, posicionando a curiosidade epistêmica como matriz comportamental. Integrada a critérios psicométricos e neurofuncionais, torna a avaliação mais robusta e ética. Como destaca o Dr. Rodrigues: “A superdotação não é uma etiqueta social, mas uma configuração neurocognitiva única, impulsionada pela busca incessante pelo novo.”

O estudo completo está disponível no DOI: https://doi.org/10.37811/cl_rcm.v9i4.19325. Para mais informações sobre pesquisas no CPAH, visite nosso site ou entre em contato via contato@cpah.com.br.

Sobre o Autor: Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues é neurocientista, CEO da MF Press Global e diretor do CPAH. Pioneiro em conceitos como depressão executiva em superdotados, diabetes cerebral e o impacto da internet na inteligência, ele é afiliado a sociedades como Sigma Xi e Royal Society of Biology. Seu método Teacher Coach apoia indivíduos com altas habilidades.

Fique atento a mais novidades do CPAH!

Alguns destaques

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