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Estudo mostra como o nervo vago pode ajudar no tratamento dos sintomas do autismo

Conduzida por uma equipe internacional de cientistas, a pesquisa, publicada no International Journal of Health Science, explora como essa técnica, já utilizada em pacientes com epilepsia e depressão, pode ser adaptada para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

por Dra. Elodia Avlia

Por: Dra. Elodia Ávila

Introdução

Um novo estudo revela que a estimulação do nervo vago pode ajudar no tratamento dos sintomas do autismo, trazendo melhorias significativas na regulação emocional e na redução da ansiedade. Conduzida por uma equipe internacional de cientistas, a pesquisa, publicada no International Journal of Health Science, explora como essa técnica, já utilizada em pacientes com epilepsia e depressão, pode ser adaptada para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Essa descoberta representa um avanço no desenvolvimento de terapias acessíveis e menos invasivas, oferecendo novas perspectivas para melhorar a qualidade de vida de pacientes e suas famílias.

O que é o nervo vago e por que ele importa?

O nervo vago, o maior nervo do sistema nervoso autônomo, desempenha funções essenciais como controle da respiração, frequência cardíaca e digestão. No contexto do autismo, disfunções nesse sistema podem dificultar a adaptação ao estresse e o controle emocional.

Diante disso, os pesquisadores resolveram investigar os efeitos da estimulação do nervo vago em pessoas com autismo, buscando entender seu impacto na ansiedade e nas dificuldades de interação social, sintomas comuns em pacientes com TEA.

Como o estudo foi realizado

A pesquisa combinou uma revisão de estudos anteriores com a análise de casos práticos. A metodologia utilizada foi a estimulação transcutânea do nervo vago (tVNS), realizada no ramo auricular, uma área específica da orelha. Essa técnica não invasiva foi aplicada em pacientes com TEA e acompanhada de ferramentas avançadas, como biomarcadores e tomografia de coerência óptica, para medir as respostas terapêuticas.

Resultados promissores

Os resultados demonstraram que a estimulação do nervo vago contribuiu para a melhoria da regulação emocional e reduziu significativamente os níveis de ansiedade nos pacientes acompanhados.

“O efeito positivo nos sintomas do autismo e em comorbidades, como a epilepsia, reforça a necessidade de aprofundar as investigações”, afirma o líder do estudo, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues. Ele destacou que a técnica oferece benefícios emocionais que podem facilitar a vida social e melhorar o controle do estresse em pessoas com TEA.

Impacto no tratamento do autismo

As descobertas sugerem que a estimulação transcutânea do nervo vago é uma alternativa valiosa para tratar os sintomas do autismo, especialmente por ser uma técnica não invasiva. Essa abordagem pode complementar terapias existentes, promovendo o bem-estar emocional e melhorando a adaptação social.

“A tVNS tem o potencial de reduzir complicações e oferecer uma alternativa menos agressiva para pacientes que necessitam de suporte constante para lidar com o estresse e as interações sociais”, aponta o estudo.

Próximos passos

Embora os resultados sejam promissores, os cientistas reconhecem que mais estudos são necessários para confirmar os efeitos observados. Futuras pesquisas explorarão como fatores genéticos podem influenciar a eficácia da estimulação do nervo vago, com o objetivo de desenvolver tratamentos personalizados para pessoas com TEA.

Publicação e Colaboradores

A pesquisa foi conduzida pelo pós-PhD em Neurociências Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues, com a colaboração do médico ortopedista e mestre em Neurociências Dr. Luiz Felipe Chaves Carvalho, da médica cirurgiã plástica pós-graduada em Neurociências Dra. Elodia Ávila e da estudante de psicologia Clara Amorim Ferreira Amaral. Os resultados foram publicados no International Journal of Health Science.

Alguns destaques

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