Introdução
A compreensão das atitudes parentais em relação à superdotação e à educação para superdotados é fundamental para o desenvolvimento de políticas educacionais educacionais. A literatura sugere que essas atitudes podem variar amplamente, influenciadas por percepções de elitismo, impacto socioemocional e reconhecimento das necessidades especiais desses alunos. Este estudo visa identificar perfis distintos de atitudes parentais e de seus preditores, utilizando uma abordagem baseada na análise de perfis latentes.
Métodos
A pesquisa foi conduzida com 331 pais de alunos matriculados em um sistema escolar cristão na Austrália. Os dados foram coletados por meio de um questionário estruturado contendo 83 itens , abordando atitudes em relação à superdotação e possíveis fatores preditivos. As análises estatísticas incluíram análise fatorial exploratória (EFA), análise de perfis latentes (LPA) e regressão logística multinomial para avaliar os fatores associados às atitudes parentais.
Resultados
A análise de perfis latentes abrange três grupos distintos de pais com base em suas atitudes em relação a estudantes superdotados e educação para superdotados:
Apoiadores Fortes ( Fortes Apoiadores , 22%) – Pais que demonstraram atitudes altamente positivas em relação à superdotação e ao suporte educacional especializado.
Apoiadores Moderados ( 51 %) – Pais com atitudes neutras a levemente desenvolvidas, sem forte comprometimento com políticas educacionais externas à superdotação.
Apoiadores Fracos ( Apoiadores Fracos , 27%) – Pais com visões menos integradas, frequentemente associadas à percepção de elitismo e preocupações sobre segregação educacional.
Os principais preditores estatisticamente indicados da atitude parental foram:
Percepção da superdotação do próprio filho (p < 0,001, efeito médio-alto) – Pais que identificam seus filhos como superdotados têm maior probabilidade de pertencer ao grupo de apoiadores fortes.
Impacto socioemocional percebido (p < 0,001, efeito grande) – Pais que veem a superdotação como benéfico para o desenvolvimento emocional e social de seus filhos têm maior apoio à educação diferenciada.
Impacto acadêmico percebido (p < 0.001, efeito médio-alto) – Pais que acreditam que programas de superdotação promovem melhores resultados acadêmicos tendem a apoiar mais esses programas.
Nível educacional dos pais (p = 0,01, efeito médio) – Pais com maior nível de escolaridade demonstram mais apoio a políticas educacionais para superdotados.
Residência em área rural versus urbana (p = 0,04, efeito pequeno) – Pais em áreas rurais tendem a ter atitudes mais positivas em relação à superdotação em comparação com os de áreas urbanas.
Discussão
Os achados sugerem que as atitudes parentais em relação à superdotação são heterogêneas e influenciadas por múltiplos fatores , incluindo experiências pessoais, nível educacional e percepções sobre impactos acadêmicos e socioemocionais. A distinção entre apoio a adaptações curriculares e apoio a ambientes especializados para superdotados indica a necessidade de abordagens educacionais diferenciadas para atender às diversas expectativas dos pais.
Conclusão
Este estudo contribui para a literatura ao identificar perfis distintos de atitudes parentais e dos fatores que os influenciam. Os resultados podem auxiliar na formulação de estratégias para melhorar a acessível e o suporte à educação para superdotados, enfatizando a necessidade de maior conscientização e comunicação entre escolas e famílias. Estudos futuros ampliar a amostra e incluir análises longitudinais para melhor compreensão das mudanças nas atitudes parentais ao longo do tempo.
Referência:
JUNG, Jae Yup; LEE, Jihyun. Atitudes parentais em relação a alunos superdotados e educação para superdotados: perfis de atitude e preditores. Journal of Intelligence , v. 12, n. 48, p. 1-31, 2024. DOI: 10.3390 /jintelligence12050048 . Disponível em: https ://www .mdpi .com /journal /jintelligence .