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Início OpiniãoA Alta Capacidade Intelectual (ACI): Para Além do QI e da Neuroimagem

A Alta Capacidade Intelectual (ACI): Para Além do QI e da Neuroimagem

por Redação CPAH

O estudo da inteligência tem sido historicamente dominado por uma visão que a associa a uma única dimensão, o quociente de inteligência (QI), mensurado por testes psicométricos. Contudo, essa perspectiva tradicional e reducionista contrasta com os avanços recentes na pedagogia diferencial, que defende uma visão multidimensional da alta capacidade intelectual (ACI), integrando componentes cognitivos e emocionais. A neuroimagem, por sua vez, tem se consolidado como uma ferramenta poderosa para estudar as diferenças na eficiência cognitiva, mas a maioria das pesquisas nessa área ainda se baseia exclusivamente no QI, limitando a compreensão da ACI.

As investigações em neuroimagem revelaram que uma maior eficiência neuronal está associada a características como a densidade da substância cinzenta e branca, a interconectividade cerebral, e uma ativação inter-hemisférica mais pronunciada. Essas características, por sua vez, se correlacionam com um processamento mais rápido, menor gasto de energia e níveis elevados de pensamento analógico, abstrato e criativo. No entanto, a dependência do QI como única medida de inteligência nos estudos de neuroimagem impede a generalização desses achados para o que os especialistas em pedagogia diferencial definem como ACI.

O principal conflito surge da inadequação do QI para capturar a complexidade da ACI. Os testes de QI se concentram em habilidades de pensamento convergente, que exigem a seleção de uma única resposta correta, e não avaliam o pensamento divergente e a criatividade — habilidades que permitem resolver problemas de forma aberta e inovadora. Pesquisas na área de ACI demonstram que crianças e adolescentes superdotados não apenas processam informações de forma mais eficiente, mas também se destacam na resolução de problemas novos e na manipulação criativa da informação. Essa criatividade de alto nível, embora associada a um QI acima da média, exige a integração de múltiplos recursos cognitivos e emocionais, e não pode ser completamente explicada por uma única medida.

O artigo aponta para a necessidade de um trabalho verdadeiramente interdisciplinar entre a neuroimagem e a pedagogia diferencial. A perspectiva de uma inteligência multidimensional e dinâmica, que considera fatores como a criatividade e a motivação, é essencial para preencher as lacunas deixadas pelo uso exclusivo do QI. A evidência sugere que as redes e dinâmicas cerebrais associadas à criatividade e à motivação podem influenciar a variabilidade do desempenho cognitivo. Um estudo que utilizou tanto o QI quanto a criatividade para definir a ACI, por exemplo, descobriu que o perfil neural de crianças com alto QI e alta criatividade era qualitativamente diferente do de crianças com apenas alto QI, com maior conectividade em redes frontoparietais e frontoestriatais ligadas à criatividade e à motivação.

Em conclusão, a ACI não é um fenômeno homogêneo e estático que pode ser capturado por uma única pontuação de teste. É uma configuração neurobiológica multidimensional influenciada por uma série de variáveis, desde a maturação cerebral atípica até fatores como o ambiente social e as oportunidades disponíveis. Para que a neuroimagem possa contribuir de forma mais significativa para a compreensão da ACI, é imperativo que os pesquisadores adotem uma abordagem mais abrangente, utilizando instrumentos que capturem a complexidade do intelecto humano em suas diversas manifestações, e não apenas o QI.

Referência:

Gómez-León, M. I. (2022). Alta capacidad intelectual desde la neuroimagen y la pedagogía diferencial. ¿Hablamos de lo mismo? | Giftedness from the perspective of neuroimaging and differential pedagogy. Are we talking about the same thing? Revista Española de Pedagogía, 80(283), 451–473. https://doi.org/10.22550/REP80-3-2022-02.

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