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Inovação da Saúde Mental Ocupacional através da Neurociência: Fenômeno Zoé

Esses, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são os fatores do emprego que podem afetar a saúde mental dos trabalhadores.

por Redação CPAH

Autor: Mario Luiz Furlanetto Junior

Com atualização da Norma Regulamentadora Nº 1, organizações precisarão criar medidas para prevenir e tratar adoecimento psicológico. O que a ampliação da NR-1 propõe é esse ciclo de melhoria contínua, algo que aconteça de maneira sistemática e contínua, para que essas medidas sejam sustentáveis e de fato protejam a saúde mental dos trabalhadores. A partir de 26 de maio de 2025, o texto passa a incluir a obrigatoriedade de reconhecimento e gerenciamento de riscos psicossociais no ambiente de trabalho. Esses, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), são os fatores do emprego que podem afetar a saúde mental dos trabalhadores.

As empresas já tinham sistemas de gestão de riscos orientados para riscos comuns, como riscos físicos, químicos e biológicos, mas não psicológicos. E agora vem essa grande mudança, bem importante para gestão de saúde e segurança. Não são só a cadeira e a mesa que podem adoecer o trabalhador. A exigência começa a valer a partir de 26 de maio do ano que vem, mas as organizações precisam criar um processo de gerenciamento dos riscos psicossociais. A Estimativa das Diretrizes da OMS para a Saúde Mental no Trabalho é de que 12 bilhões de dias de trabalho sejam perdidos, a cada ano, no mundo, devido à depressão e ansiedade.

Uma análise de estudos de políticas de saúde mental identificaram aumento de recursos de saúde mental, a promoção de programas de saúde mental e suporte ao autocuidado e a redução de barreiras ao acesso ao tratamento de saúde mental, e mostram as limitações.A neurociência clínica da Síndrome Zoé, apresenta potencial real para ser referencia em mecanismos de prevenção, diagnóstico e tratamento. O Conectoma ONCs, é ativado em ambientes ocupacionais entre aos pares, devido ao neuro espelhamento e ativação amigdaliana entre os pares. Esse mecanismo neuro comportamental é chamado de Esquema Ocupacional. A clínica típica da Síndrome Zoé, é a negligência profissional devido a relação interpessoal com pouca sincronia, automatizada e assim superficializada. Ocorre déficit de atenção emocional com o cliente,que pode refletir com distração e diminuir a qualidade do serviço prestado. Assim como pode ocorrer vícios de julgamentos neurodisfuncionais, déficit de intercomunicação, e insatisfação entre cliente e profissional. Justifica comportamentos entre trabalhadores de aversão, punição e perseguição.Se trata de um mecanismo de Neuropsicodinâmica Ocupacional desadaptativo.

Está associado a Depressão, Burnout , conflitos no ambientes de trabalho, e tratamento diferenciado entre os trabalhadores.
Outra meta analise revisou diversos estudos de intervenção da saúde mental ocupacional, e observou como diagnósticos para os participantes nos estudos, variaram de estresse relacionado ao trabalho a TEPT relacionado ao trabalho após exposição a um evento psicologicamente traumatizante no local de trabalho. Nenhuma diferença significativa foi encontrada para as meta-análises que examinaram as taxas de retorno ao trabalho, absenteísmo, depressão, estresse e qualidade de vida. Porém com estudos empíricos de profundidade e identificação etiológica apresenta maior probabilidade de sucesso técnico e efetividade nas intervenções.

O nome Zoé, foi uma homenagem a antiga história da tribo de indigenas Zoé, quando o chefe viajou com portugueses em busca de novas terras, e quando retornou identificou sua tribo alienada trabalhando para Portugueses, e acabou acordando a tribo. O atual fenômeno Zoé, foi descrito a partir da observação clínica psicoanalítica com associação ao nexo causal dos dados acumulados de neurociências, e será melhor desenvolvido pelo CPAH, pioneiro no assunto.

Referências Bibliográficas

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