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Biotecnologia possibilita uso de quinoa em tratamentos cosméticos

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Pesquisa desenvolvida pelo Programa de Mestrado da Universidade Positivo em parceria com O Boticário e Fiocruz demonstra propriedades cosméticas da semente, nativa da América do Sul

Pele 3D e óleo extraído de uma das sementes mais conhecidas da América do Sul. A combinação entre a biotecnologia e as tradições andinas descobriu um princípio ativo potente para aplicação em produtos cosméticos. As propriedades hidratantes e antioxidantes do óleo de quinoa fazem dele um componente valioso, inclusive no combate ao envelhecimento da pele, de acordo com pesquisa do programa de Mestrado e Doutorado em Biotecnologia Industrial da Universidade Positivo (UP), em parceria com O Boticário e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), publicada na renomada revista Scientific Reports.

A orientadora do projeto de Mestrado e professora do Programa de Pós-Graduação em Biotecnologia Industrial da UP, Márcia Pincerati, explica o ponto de partida do estudo. “O bioéster de quinoa, que é um produto patenteado pelo Grupo O Boticário, já tinha mostrado resultados promissores. O objetivo dessa vez era analisar in vitro, com cultivo de pele 3D, os efeitos do bioéster de quinoa e se ele poderia estimular a expressão de proteínas importantes para a hidratação e combate ao envelhecimento da pele”, detalha Márcia. Ela conta que, depois de desenvolver o início do projeto nos laboratórios d’O Boticário e usando o bioéster, que é propriedade da empresa, as amostras foram enviadas para análise de proteômica na Fiocruz.

Ciência para todos os gostos

O trabalho em conjunto é fundamental para que a pesquisa brasileira cresça de forma cada vez mais ágil e com respostas muito expressivas. “Fazer pesquisa não é barato. É preciso muito empenho, know-how e compromisso. No caso desse estudo, que levou em torno de dois anos para ser concluído, só foi possível entregar esses resultados tão rápido devido a essa parceria”, destaca Márcia. Permitir que os pesquisadores entrem em contato com as muitas possibilidades oferecidas pela colaboração entre diversos setores e agentes da sociedade, contribui para a evolução da ciência nacional.

Todo estudo científico precisa ser reconhecido e publicado por revistas respeitadas pela comunidade científica para que seja considerado realmente relevante. Com o título “Análise proteômica revela que o bioéster de quinoa promove efeitos de reposição no tecido epidérmico”, a pesquisa desenvolvida sob orientação da professora Dra. Márcia e do Dr. Paulo Carvalho (Fiocruz), com colaboração dos pesquisadores d’O Boticário e da Fiocruz, foi publicada na Scientific Reports em novembro de 2020. Essa conquista demonstra a importância das descobertas feitas por meio de investigação e traz prestígio para todos os agentes envolvidos no projeto.

Para O Boticário, que já desenvolvia produtos à base do óleo de quinoa, um dos principais ganhos foi ter a comprovação de novas propriedades desse ingrediente e poder, no futuro, ampliar a aplicação dele em novas linhas de produtos. “Isso mostra que há todo um grupo excepcional por trás de insumos que usamos no nosso cotidiano. Equipes de cientistas trabalham todos os dias para que nossas experiências, enquanto consumidores, tenham sempre esse tipo de validação”, conclui Márcia.

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