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Bem estar mental influencia idade biológica

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Alex Zhavoronkov é um dos maiores especialistas mundiais na pesquisa de biomarcadores baseados em inteligência artificial aplicados no campo da longevidade. Fundador de empresas como a Insilico Medicine e a Deep Longevity, seu objetivo é ambicioso: mudar a curva descendente que caracteriza a segunda metade da vida. “A trajetória humana chega ao pico entre os 30 e 45 anos, para depois enfrentar um declínio contínuo até a morte. Temos conseguido postergar o fim, mas, e se pudermos mapear os problemas antes que se manifestem, repará-los e aperfeiçoar cada ser humano de forma que aquele apogeu que dura cerca dez anos se estenda indefinidamente?”

Segundo o investigador há uma corrida científica para tornar mais eficientes os marcadores biológicos de idade, os chamados “aging clocks”. Embora tenhamos uma idade cronológica, que é a da data de aniversário, a idade biológica é a que determina nossa vitalidade. “A inteligência artificial é capaz de monitorar uma gama enorme de aspetos da saúde e uma investigação aprofundada pode identificar alvos a serem regenerados. Isso nos leva a uma medicina de precisão que inclui tratar questões relacionadas à saúde mental, como ansiedade, estresse e depressão, trabalhando com ferramentas de motivação e mudanças de comportamento”, explicou. Acrescentou que, como nossos órgãos não envelhecem no mesmo ritmo, três são especialmente importantes: “por causa do seu efeito sistêmico no organismo, pulmões, fígado e rins são peças chave para o envelhecimento saudável”.

Zhavoronkov se refere à longevidade personalizada, que combina diferentes exames para a formulação de um roteiro sob medida. Nesse pacote, entram não apenas o histórico médico e exames de sangue e imagem, mas também uma análise psicológica. O pesquisador chama a atenção para a “idade subjetiva”, que se refere a como os indivíduos se avaliam – se mais jovens ou mais velhos que sua idade cronológica. “Trata-se da percepção pessoal de cada um sobre a idade que tem: como se vê no espelho, quanto espera viver. É nosso relógio psicológico. Quanto mais pessimista a avaliação, pior o prognóstico. Quem acredita que vai morrer logo acaba contribuindo para isso, portanto é fundamental trabalhar para mudar essa visão”, enfatiza.

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