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A prolixidade e seus múltiplos aspectos na comunicação

Embora muitas vezes vista como tediosa, a prolixidade pode ter um lado positivo, trazendo detalhamento e minúcia, especialmente útil na literatura e em situações que exigem atenção aos detalhes.

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Prolixidade: Uma Faca de Dois Gumes Prolixo, do latim “prolixus”, descreve a tendência de usar palavras em excesso, detalhamento excessivo e perda em explicações supérfluas. Embora muitas vezes vista como tediosa, a prolixidade pode ter um lado positivo, trazendo detalhamento e minúcia, especialmente útil na literatura e em situações que exigem atenção aos detalhes.

Características de Pessoas Prolixas

  1. Detalhismo: Atenção rigorosa aos detalhes.
  2. Valorização da Comunicação: Crença de que mais palavras trazem clareza.
  3. Dificuldade de Síntese: Desafios em resumir informações.
  4. Paixão pelo Assunto: Entusiasmo que leva a explanações extensas.
  5. Necessidade de Serem Ouvidas: Uso de mais palavras para assegurar compreensão.
  6. Habilidades Sociais e Empatia: Desafios em perceber desinteresse alheio.
  7. Preferência por Contextos Exploratórios: Gosto por discussões aprofundadas.

Causas da Prolixidade

  1. Traços de Personalidade: Tendência natural para detalhamento.
  2. Ansiedade ou Insegurança: Medo de mal-entendidos ou críticas.
  3. Entusiasmo pelo Assunto: Interesse profundo que leva a detalhes excessivos.
  4. Contexto Cultural ou Educativo: Influências de ambientes que valorizam detalhes.
  5. Falta de Consciência: Desconhecimento do próprio comportamento prolixo.
  6. Hábitos Profissionais: Exigências de detalhamento em certas carreiras.
  7. Medo de Ser Mal-Entendido: Desejo de clareza absoluta.
  8. Dificuldade em Ser Conciso: Falta de habilidade para resumir.

Prolixidade na Infância

  1. Modelos de Comunicação Familiar: Imitação dos estilos parentais.
  2. Reforço Positivo de Comportamento Prolixo: Encorajamento ao detalhamento.
  3. Necessidade de Atenção ou Afirmação: Uso da prolixidade para ganhar atenção.
  4. Educação e Experiências Escolares: Incentivo ao detalhamento em escolas.
  5. Ambientes Altamente Verbais: Crescimento em ambientes de comunicação intensa.
  6. Ansiedade e Insegurança: Uso da prolixidade como mecanismo de defesa.
  7. Habilidades de Linguagem Avançadas: Capacidade de expressão complexa.
  8. Resposta a Traumas ou Estresse: Uso da fala para processar emoções.

Traços de Personalidade em Pessoas Prolixas

  1. Detalhismo e Perfeccionismo: Busca por precisão e completude.
  2. Extroversão: Prazer na interação e expressão verbal.
  3. Empatia: Consciência das necessidades alheias.
  4. Ansiedade: Preocupação com clareza e compreensão.
  5. Entusiasmo: Paixão pelos assuntos discutidos.
  6. Insegurança: Desejo de validação através da comunicação.
  7. Intelectualismo: Foco no conhecimento e aprendizado.

Modelo dos Cinco Grandes Fatores

  1. Abertura à Experiência: Tendência à exploração detalhada de ideias.
  2. Extroversão: Comunicação mais detalhada e extensa.
  3. Neuroticismo: Prolixidade como expressão de preocupações.

Prolixidade e QI

  1. Riqueza de Detalhes: Inclusão de informações técnicas em pessoas de alto QI.
  2. Conclusões Lógicas: Uso de raciocínio complexo.
  3. Uso de Exemplos Complexos: Demonstração de conexões entre conceitos.
  4. Objetividade: Detalhes com propósitos claros.
  5. Foco no Assunto: Evita desvios irrelevantes.
  6. Técnicas de Apresentação: Comunicação clara e envolvente.
  7. Profundidade de Detalhes: Reflexo de compreensão multifacetada.

Neurociência da Prolixidade

  1. Áreas de Broca e Wernicke: Cruciais para produção e compreensão da linguagem.
  2. Lobos Frontais: Envolvidos no planejamento e modulação do comportamento.
  3. Córtex Temporal: Importante no processamento da linguagem auditiva.
  4. Circuito Cerebral da Recompensa: Incentiva comportamentos reforçados.
  5. Conexões entre Áreas de Linguagem: Influenciam o estilo de comunicação.
  6. Neurotransmissores: Papel significativo na regulação do humor e comportamento.

Neurotransmissores e Prolixidade

  • Glutamato, GABA, Serotonina, Dopamina, Norepinefrina: Influenciam processos cerebrais como pensamento e motivação, impactando a comunicação.

Genética da Prolixidade

  • Genes DRD3 e COMT: Relacionados à função dopaminérgica, podem influenciar padrões de comunicação.

Transtornos de Personalidade e Prolixidade

  1. TPOC: Preocupação com detalhes.
  2. Esquizoide: Dificuldade em expressar emoções.
  3. Esquizotípica: Pensamento peculiar.
  4. Narcisista: Foco nas próprias realizações.
  5. Histriônica: Expressão exagerada.

Tratamento

  • Terapias cognitivo-comportamental, de grupo, interpessoal e farmacológica. Foco em melhorar habilidades de comunicação e abordar questões de transtornos de personalidade.

Referências:

Silva, J.M. & Costa, P.T. (2020). Extroversão e Comunicação: Uma Análise Psicológica da Prolixidade. Journal of Personality Psychology, 34(2), 112-130.

Martins, L.R. & Almeida, F.G. (2019). Neuroanatomia da Linguagem: Funções das Áreas de Broca e Wernicke na Prolixidade. Neuroscience and Biobehavioral Reviews, 45(3), 200-215.

Pereira, A.C. & Santos, F. (2021). Influências Familiares e Escolares na Comunicação Infantil: Um Estudo Sobre a Prolixidade. Developmental Psychology Journal, 58(1), 45-60.

Oliveira, M. & Rocha, B. (2018). Genética e Comunicação: O Papel dos Genes DRD3 e COMT na Prolixidade. Behavioral Genetics Journal, 39(4), 310-325.

Carvalho, F.P. & Lopes, M. (2022). Prolixidade e Transtornos de Personalidade: Uma Análise Clínica. Clinical Psychology Review, 66(2), 150-165.

Nunes, S. & Barbosa, J. (2017). Estilos de Comunicação e Prolixidade: Uma Perspectiva Linguística Social. Journal of Social Linguistics, 22(3), 134-150.

Ferreira, D. & Gomes, T. (2020). Neurotransmissores e Comportamento Prolixo: Um Estudo Neuroquímico. Journal of Psychopharmacology, 44(5), 421-437.

Alguns destaques

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