Início ColunaNeurociências Reflexões sobre os efeitos psicológicos de assustar crianças com histórias de fantasmas e monstros

Reflexões sobre os efeitos psicológicos de assustar crianças com histórias de fantasmas e monstros

Este estudo desvenda a profundidade dos impactos que tais práticas podem ter no desenvolvimento psicológico infantil, uma área frequentemente negligenciada.

por

Analisando um estudo conduzido por Raffy Castillo há sete anos, propõe-se uma discussão sobre as consequências psicológicas de assustar crianças com narrativas de fantasmas e monstros. Este estudo desvenda a profundidade dos impactos que tais práticas podem ter no desenvolvimento psicológico infantil, uma área frequentemente negligenciada.

O estudo apresenta um caso de um menino de nove anos, cujo medo exacerbado do escuro, agravado pelas histórias contadas por sua babá, ilustra a nictofobia – uma fobia comum que pode ser sintomática de distúrbios emocionais e psicológicos mais sérios na infância. Tal medo patológico pode causar uma impressão negativa duradoura na mente subconsciente da criança, potencialmente afetando sua saúde mental até a vida adulta.

Os medos infundidos na infância, muitas vezes subestimados, podem precipitar condições como transtorno de estresse pós-traumático, ataques de pânico e transtorno de ansiedade. Tais táticas podem prejudicar a secreção de melatonina, afetando o desenvolvimento físico e mental da criança. O medo é um mecanismo de defesa evolutivo, parte da resposta de “luta ou fuga”. Contudo, quando amplificado na infância, pode se tornar uma fobia persistente, distorcendo a percepção da criança sobre o mundo e limitando sua habilidade de enfrentar novos desafios.

Neste contexto, enfatizo a necessidade de pais e cuidadores adotarem abordagens conscientes no manejo dos medos infantis. As histórias assustadoras devem ser contextualizadas de maneira responsável, considerando a maturidade emocional e psicológica da criança. Como psicólogo, ressalto a importância de cultivar um ambiente que promova a segurança e a confiança, incentivando a criança a explorar o mundo com curiosidade e resiliência, ao invés de medo e ansiedade.

Referências:

A referência para o estudo discutido na coluna de Rafael Castillo, “Scaring kids with ghosts and monsters can have psychological effects”, pode ser encontrada no website PressReader, especificamente na edição de 25 de julho de 2017 do jornal “Philippine Daily Inquirer”. O link para o artigo é: [PressReader – Philippine Daily Inquirer](https://www.pressreader.com/philippines/philippine-daily-inquirer-1109/20170725/282037622227623).

Alguns destaques

Deixe um comentário

sete − seis =

Translate »