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Transtorno Depressivo Maior na População Pediátrica: Desafios Diagnósticos e Abordagens Terapêuticas Otimizadas

por Redação CPAH

O Transtorno Depressivo Maior (TDM) representa um dos distúrbios psiquiátricos mais prevalentes na infância e adolescência, frequentemente subdiagnosticado e subtratado devido à variação sintomática em relação aos critérios observados em adultos. O início do TDM nessas fases da vida pode acarretar consequências significativas, como desempenho escolar prejudicado, dificuldades interpessoais na vida adulta, parentalidade precoce e um risco elevado para o desenvolvimento de outros transtornos de saúde mental e uso de substâncias.

Variações da Apresentação Clínica e Diagnóstico

A apresentação sintomática do TDM difere substancialmente com a idade, o que pode complicar o diagnóstico. Crianças em idade pré-escolar (3–5 anos) e crianças mais novas (6–8 anos) demonstram maior dificuldade em verbalizar seus sentimentos e podem manifestar mais queixas somáticas e irritabilidade. À medida que a criança progride para a adolescência, a apresentação dos sintomas se torna mais congruente com os critérios do Diagnostic and Statistical Manual for Mental Disorders (DSM-5). Predominantemente em adolescentes, a depressão está associada a comorbidades como o Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH), transtornos de ansiedade e transtornos por uso de substâncias. O diagnóstico assertivo, muitas vezes dificultado por uma baixa percepção ( poor insight) dos sintomas por parte dos jovens, requer a coleta de informações colaterais de múltiplas fontes, como pais, responsáveis e professores, e a utilização de escalas de avaliação validadas, como a Children’s Depression Rating Scale-Revised (CDRS-R).

Estratégias Terapêuticas e Evidências Clínicas

O tratamento para o TDM pediátrico deve ser escalonado conforme a gravidade da depressão. Para casos classificados como leves a moderados, a terapia de primeira linha é frequentemente a psicoterapia, incluindo a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a Terapia Interpessoal para Adolescentes (IPT-A). Episódios classificados como moderados a graves, ou aqueles refratários à psicoterapia, justificam a adição de farmacoterapia.

Os Inibidores Seletivos da Recaptação de Serotonina (ISRSs) são os agentes antidepressivos de primeira linha mais recomendados para esta população. Entre eles, a fluoxetina possui o corpo de evidências mais robusto, sendo o único antidepressivo a demonstrar um efeito estatisticamente significativo sobre o placebo para eficácia no tratamento da depressão. O ensaio clínico Treatment of Adolescent Depression Study (TADS) demonstrou que a terapia combinada (fluoxetina + TCC) foi superior tanto à fluoxetina em monoterapia quanto à TCC isolada na fase aguda do tratamento para TDM moderado a grave. Embora os benefícios do tratamento combinado e da monoterapia com fluoxetina tenham convergido nos resultados de remissão a longo prazo, o tratamento combinado manteve-se o mais custo-efetivo.

O uso de antidepressivos na juventude, no entanto, exige cautela e monitoramento rigoroso devido ao risco aumentado de ideação e comportamentos suicidas. A Food and Drug Administration (FDA) emitiu um aviso black box para todos os antidepressivos sobre este risco em crianças, adolescentes e jovens adultos. Fatores como a presença de suicídio ou autoagressão na linha de base, tentativas de suicídio prévias e conflitos familiares são preditores de suicídio em jovens deprimidos.

Continuidade e Manejo do Risco

Uma vez alcançada a remissão sintomática, a terapia medicamentosa deve ser continuada por um período de 6 a 12 meses antes de se iniciar uma redução gradual e lenta da dose ( slow taper). A interrupção da medicação é idealmente realizada em períodos de baixo estresse, como as férias escolares. A falta de resposta a um ensaio inicial adequado de ISRS pode levar à troca para outro ISRI ou a um Inibidor da Recaptação de Serotonina-Norepinefrina (IRSN), como a venlafaxina, ou à consideração de estratégias de aumento, como a adição de lítio ou antipsicóticos de segunda geração (por exemplo, quetiapina). Terapias como a Estimulação Magnética Transcraniana Repetitiva (rTMS) e a Eletroconvulsoterapia (ECT) são reservadas para casos de depressão crônica, grave e incapacitante, que se mostram resistentes a pelo menos duas tentativas adequadas de tratamento medicamentoso.

Em conclusão, a gestão do TDM em crianças e adolescentes é um processo complexo que requer o reconhecimento das apresentações clínicas atípicas, uma avaliação diagnóstica abrangente e, para quadros moderados a graves, uma abordagem terapêutica combinada de psicoterapia e farmacoterapia, com especial atenção à segurança e ao risco de suicídio.

Referência:

MULLEN, Sandra. Major depressive disorder in children and adolescents. Ment Health Clin, Richmond, v. 8, n. 6, p. 275-283, 2018. DOI: 10.9740/mhc.2018.11.275. Disponível em: https://mhc.kglmeridian.com. Acesso em: 22 nov. 2025.

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