Início Opinião Morfologia Microglial na Amígdala de Primatas em Desenvolvimento e o Impacto do Estresse Precoce

Morfologia Microglial na Amígdala de Primatas em Desenvolvimento e o Impacto do Estresse Precoce

por Redação CPAH

Este estudo explora a morfologia da microglia no núcleo paralaminar (PL) da amígdala de primatas, com foco nas mudanças associadas ao estresse no início da vida, como a separação materna. O PL contém neurônios glutamatérgicos imaturos que amadurecem durante a infância e a adolescência, um processo que é fundamental para a maturação da amígdala e para o desenvolvimento de circuitos neurais. A microglia, célula imune essencial para a sinaptogênese, desempenha um papel importante nesse processo.

Os resultados mostraram que, no PL infantil, a microglia apresenta somas grandes e ramificações pequenas, enquanto na adolescência, ela adquire um fenótipo mais “maduro”, com somas menores e ramificações dendríticas mais complexas. Quando expostos ao estresse precoce, como a separação materna, os primatas mostraram um aumento no tamanho do soma e nas ramificações microgliais, um fenômeno persistente tanto no PL infantil quanto no adolescente. Essas alterações indicam que o estresse pode interferir no desenvolvimento normal da microglia, alterando sua função na sinaptogênese e possivelmente afetando a maturação neuronal.

Esses achados sugerem que o estresse no início da vida pode ter impactos duradouros no desenvolvimento cerebral, com potenciais consequências para a saúde emocional e cognitiva, apoiando a ideia de que a microglia pode ser um mediador importante nas mudanças neurais associadas a adversidades precoces.

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