O efeito Flynn, que postulava um aumento nos escores de QI global ao longo do tempo, tem sido questionado por estudos recentes que apontam para uma tendência de declínio. Uma pesquisa realizada com estudantes do primeiro ano do ensino fundamental em Eskisehir, Turquia, entre 2016 e 2021, corrobora essa nova perspectiva. Os resultados revelaram uma diminuição nos escores de inteligência geral (QI total), inteligência verbal e inteligência não verbal ao longo dos anos, com um declínio acentuado entre 2020 e 2021. (Bal-Sezerel, B., Ateşgöz, N. N., & Kirişçi, N. 2023).
Essa queda nos escores de QI, particularmente notável durante a pandemia de COVID-19, levanta preocupações sobre os impactos da crise sanitária no desenvolvimento cognitivo das crianças. O isolamento social, a interrupção das rotinas escolares e o aumento do estresse e da ansiedade podem ter contribuído para esse declínio. É fundamental que sejam realizadas mais pesquisas para investigar as causas desse fenômeno e suas implicações a longo prazo, a fim de desenvolver estratégias eficazes para mitigar seus efeitos e garantir o desenvolvimento saudável das futuras gerações. (Bal-Sezerel, B., Ateşgöz, N. N., & Kirişçi, N. 2023).
Referência:
Bal-Sezerel, B., Ateşgöz, N. N., & Kirişçi, N. (2023). Intelligence differences across years: A trend analysis. Kuramsal Eğitimbilim Dergisi [Journal of Theoretical Educational Science], 16(1), 107-126.
