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Neurogenômica: Desvendando os Mistérios da Mente Humana

studos de gêmeos e familiares demonstraram que a maioria dos fenótipos comportamentais e cognitivos, incluindo traços de personalidade, inteligência, memória e até mesmo a ocorrência de comportamentos específicos, como a obtenção de educação e a violência física, são moderadamente hereditários.

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A neurogenômica, campo que investiga a base genética das diferenças na estrutura e função do cérebro, está em constante desenvolvimento, mas enfrenta desafios que exigem atenção. (Mitchell, 2018)

Estudos de gêmeos e familiares demonstraram que a maioria dos fenótipos comportamentais e cognitivos, incluindo traços de personalidade, inteligência, memória e até mesmo a ocorrência de comportamentos específicos, como a obtenção de educação e a violência física, são moderadamente hereditários. O mesmo se aplica a transtornos psiquiátricos. (Mitchell, 2018)

A neuroimagem tem revelado que muitos parâmetros cerebrais estruturais e funcionais também são hereditários. A promessa da neurogenômica é identificar variantes genéticas que contribuam para essas diferenças, o que pode levar a uma compreensão mais profunda dos mecanismos moleculares e neurais subjacentes às funções cognitivas e comportamentais. (Mitchell, 2018)

No entanto, a área tem sido marcada por problemas metodológicos, especialmente em estudos de associação de genes candidatos. Esses estudos analisam a frequência de variantes genéticas em genes específicos em pessoas com diferentes níveis de fenótipo cerebral. (Mitchell, 2018)

Embora promissores em princípio, esses estudos têm sido afetados por problemas como amostras pequenas, falta de correção para testes múltiplos, hipóteses mal definidas e viés de publicação. A comunidade neurogenômica precisa aprender com os erros do passado e adotar padrões mais rigorosos para garantir que os resultados sejam precisos e confiáveis. (Mitchell, 2018)

O uso de estudos de associação genômica ampla (GWAS) representa um avanço promissor. Os GWAS permitem que pesquisadores procurem diferenças de frequência em milhares de SNPs em todo o genoma, exigindo amostras maiores e métodos estatísticos rigorosos. (Mitchell, 2018)

Embora ainda em estágios iniciais, os GWAS já geraram resultados significativos, identificando variantes comuns que contribuem para a variação no volume do hipocampo, por exemplo. Esses estudos também indicam que grande parte da variação na estrutura e função do cérebro pode ser devido a variantes genéticas raras, que não são capturadas pelos GWAS. (Mitchell, 2018)

Em suma, a neurogenômica tem um potencial tremendo para desvendar os mistérios da mente humana, mas a comunidade científica precisa se concentrar em métodos rigorosos e bem definidos para garantir que a pesquisa avance de forma sólida e confiável. (Mitchell, 2018)

Referência:

Mitchell, K. J. (2018). Neurogenomics—towards a more rigorous science. European Journal of Neuroscience, 47(1), 109–114. https://doi.org/10.1111/ejn.13801

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