Ang et al. (2021) revisam os avanços recentes no uso de modelos animais e testes comportamentais na pesquisa da esquizofrenia. A esquizofrenia é uma doença mental complexa, com sintomas positivos (alucinações, delírios), negativos (retração social, falta de motivação) e cognitivos (déficits de memória e atenção). Modelos animais, especialmente roedores, são cruciais para entender esses sintomas e desenvolver novos tratamentos.
O artigo descreve em detalhes os testes comportamentais mais comuns para cada tipo de sintoma. Para sintomas positivos, destacam-se o teste de campo aberto (para medir a atividade locomotora) e o teste de inibição de prepulso (PPI), que avalia o filtro sensorial, um déficit comum na esquizofrenia. Para sintomas negativos, são usados testes como o de natação forçada e o de suspensão pela cauda (para avaliar o desespero comportamental), o teste de preferência por sacarose (para anedonia) e o teste de sociabilidade em três câmaras. Para sintomas cognitivos, são utilizados labirintos como o radial e o aquático de Morris (para memória espacial), o teste de reconhecimento de novos objetos e tarefas de atenção e flexibilidade cognitiva.
Os autores enfatizam que a escolha dos testes comportamentais deve ser cuidadosa, considerando a validade e relevância para os sintomas específicos da esquizofrenia. A combinação de diferentes modelos animais e testes comportamentais é essencial para uma compreensão abrangente da doença e para o desenvolvimento de terapias mais eficazes.
Referência:
ANG, Mary Jasmin et al. Behavioral Tasks Evaluating Schizophrenia-like Symptoms in Animal Models: A Recent Update. Current Neuropharmacology, v. 19, n. 5, p. 641-664, 2021.
