Início ColunaNeurociências Inteligência global: O que o teste de QI não mede, tem relação com pessoas DWRI

Inteligência global: O que o teste de QI não mede, tem relação com pessoas DWRI

Estudos recentes têm enfatizado a importância de componentes menos tangíveis da inteligência, como a inteligência emocional, a inteligência social e a criatividade, que não são adequadamente capturadas pelos métodos convencionais de avaliação.

por Redação CPAH
Créditos: FreePik

A conceituação da inteligência tem evoluído significativamente além das métricas tradicionais fornecidas por testes de Quociente de Inteligência (QI). Estudos recentes têm enfatizado a importância de componentes menos tangíveis da inteligência, como a inteligência emocional, a inteligência social e a criatividade, que não são adequadamente capturadas pelos métodos convencionais de avaliação. Esta investigação concentra-se especificamente nos indivíduos caracterizados pelo Desenvolvimento de Amplas Regiões de Interferência Intelectual (DWRI), que, apesar de apresentarem altas pontuações em testes de QI, demonstram capacidades superiores em áreas não tradicionalmente associadas com a inteligência cognitiva Abreu Agrela Rodrigues, F. de. (2022). 

1. Inteligência Emocional e sua Influência no Desempenho Cognitivo

A inteligência emocional, definida como a capacidade de identificar, avaliar e controlar as emoções próprias e dos outros, demonstra uma correlação positiva significativa com o desempenho intelectual em contextos de alta complexidade (Zeidner, Matthews & Roberts, 2004). Autoconsciência e autogerenciamento emergem como facilitadores cruciais para a adaptação e resiliência em situações adversas, impactando diretamente a tomada de decisão e a capacidade de liderança.

2. A Intersecção entre Inteligência Social e Criatividade

Indivíduos DWRI muitas vezes exibem habilidades sociais que ampliam sua eficácia intelectual e criativa. A consciência social e a astúcia, por exemplo, são essenciais para a navegação em ambientes sociais complexos, influenciando a capacidade de liderança e gerenciamento de equipes (Salovey & Mayer, 1990). Essas habilidades sociais, combinadas com a criatividade, formam a base para inovações disruptivas e resoluções de problemas complexos (Amabile, 1983).

3. Contribuições da Criatividade para a Inteligência Global

A criatividade, frequentemente ignorada em avaliações padronizadas de inteligência, é essencial para o pensamento divergente e a inovação. A flexibilidade cognitiva e a tolerância à ambiguidade são características marcantes dos indivíduos DWRI, que os capacitam a enfrentar e moldar cenários futuros incertos (Sternberg & Lubart, 1995). Este aspecto da inteligência global é fundamental para o avanço científico e tecnológico, onde soluções não convencionais são frequentemente as mais eficazes.

4. Conclusão

Os indivíduos DWRI, com sua combinação única de alta capacidade cognitiva, emocional, social e criativa, desafiam a visão tradicional de inteligência como um constructo unidimensional. O desenvolvimento dessas habilidades é crucial para o sucesso em uma sociedade globalizada e interconectada, sugerindo a necessidade de reavaliação das estratégias educacionais e profissionais para fomentar um espectro mais amplo de competências intelectuais.

Referências

Amabile, T. M. (1983). *The social psychology of creativity*. Springer-Verlag.

Salovey, P., & Mayer, J. D. (1990). Emotional intelligence. *Imagination, Cognition and Personality*, 9(3), 185-211.

Sternberg, R. J., & Lubart, T. I. (1995). Defying the crowd: Cultivating creativity in a culture of conformity. *Free Press*.

Zeidner, M., Matthews, G., & Roberts, R. D. (2004). Emotional intelligence in the workplace: A critical review. *Applied Psychology*, 53(3), 371-399.

Abreu Agrela Rodrigues, F. de. (2022). INTELIGÊNCIA DWRI. RECISATEC – REVISTA CIENTÍFICA SAÚDE E TECNOLOGIA – ISSN 2763-84052(12), e212232. 

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