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Estudo mostra que vírus da Covid-19 pode viver até um mês nos testículos

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Iniciado em 2020 por médicos e pesquisadores de Minas Gerais, um estudo constatou que o vírus SARS-CoV2, causador do coronavírus, pode se alojar nos testículos de homens infectados por quase um mês, o que levou a classificar o órgão como um “santuário viral”. O trabalho joga luz sobre a influência do agente patogênico na infertilidade masculina, e constatou que a doença afeta diretamente todo o tecido testicular em pacientes que faleceram com o problema, ou seja, pacientes que se manifestaram com a forma grave da doença. As informações são do Correio Brazieliense.

Ainda não se sabe se as formas leves e moderadas da COVID-19 têm impacto temporário ou definitivo na fertilidade dos homens. A pesquisa foi submetida à revista científica internacional, para que possa ser publicada posteriormente à uma revisão. A proposta da investigação partiu da constatação de que diversos vírus ficam alojados no testículo, considerado um “santuário viral”.

Sabendo disso, o grupo de médicos e pesquisadores capitaneados pelo urologista Marcelo Horta Furtado, que integra o Serviço de Reprodução Humana da Rede Mater Dei de Saúde, se debruçou sobre a literatura científica e se deparou com um artigo sobre a identificação de alterações importantes nos testículos de seis pacientes que morreram em decorrência da infecção por SARS-CoV-1, em 2006. Muito antes da COVID-19 afligir o mundo, o SARS-CoV-1 foi identificado como agente da epidemia de síndrome respiratória aguda grave (Sars), iniciada na China no fim de 2002.

Após essa constatação a pesquisa foi iniciada e durante as observações, a equipe percebeu que todas as células testiculares dos pacientes avaliados estavam afetadas, incluindo as da linhagem germinativa, que dão origem aos espermatozoides, e também as células de Leydig, que produzem a testosterona.

Alguns destaques

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