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Doenças do lobo frontotemporal e o impacto no aprendizado

Essas doenças podem manifestar-se de diferentes formas, incluindo a demência frontotemporal variante comportamental (DFTvc) e a afasia progressiva primária (APP), cada uma com características clínicas distintas (Kurz et al., 2014).

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As doenças do lobo frontotemporal (DLFT) englobam um grupo de condições neurodegenerativas que afetam as regiões frontal e temporal do cérebro, cruciais para o funcionamento cognitivo e comportamental. Essas doenças podem manifestar-se de diferentes formas, incluindo a demência frontotemporal variante comportamental (DFTvc) e a afasia progressiva primária (APP), cada uma com características clínicas distintas (Kurz et al., 2014).

Na DFTvc, as alterações comportamentais e de personalidade são proeminentes, com perda de interesse em atividades cotidianas e sociais, desinibição e comportamentos compulsivos (Lillo & Leyton, 2016). Já na APP, a linguagem é o principal domínio afetado, com dificuldades progressivas na fala, compreensão e nomeação (Lillo & Leyton, 2016).

As DLFTs também podem impactar o aprendizado, devido à degeneração das áreas cerebrais responsáveis pelas funções executivas, como memória de trabalho, atenção e flexibilidade cognitiva (Carvalho et al., 2023). A atrofia nessas regiões pode levar a dificuldades na aquisição, retenção e aplicação de novos conhecimentos, além de comprometer a capacidade de adaptação a novas situações.

O diagnóstico precoce e o manejo adequado das DLFTs são fundamentais para minimizar o impacto dessas doenças na qualidade de vida dos pacientes e seus familiares. A intervenção multidisciplinar, incluindo terapias farmacológicas e não farmacológicas, pode auxiliar no controle dos sintomas e na manutenção da autonomia e bem-estar dos indivíduos afetados.

Referência:

CARVALHO, L. F. C. et al. Doenças do lobo frontotemporal: dificuldades de aprendizado. Cuadernos de Educación y Desarrollo, v. 15, n. 4, p. 3872-3886, 2023.

KURZ, A. et al. Frontotemporal lobar degeneration: current perspectives. Neuropsychiatric Disease and Treatment, v. 10, p. 297-310, 2014.

LILLO, P.; LEYTON, C. Demência frontotemporal, cómo ha resurgido su diagnóstico. Revista Médica Clínica Las Condes, v. 27, n. 3, p. 309-318, 2016.

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