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Preguiça Sentimental: Quando o Coração Fica Cansado

Não é preguiça no sentido clássico, mas uma exaustão afetiva que desconecta as emoções, mesmo em pessoas que se mantêm altamente motivadas e produtivas em outras áreas da vida.

por Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues

Em um mundo que nos exige estar conectados, produtivos e emocionalmente disponíveis o tempo todo, surge um fenômeno intrigante que muitos já experimentaram, mas poucos conseguem descrever: a “preguiça sentimental”. Não é preguiça no sentido clássico, mas uma exaustão afetiva que desconecta as emoções, mesmo em pessoas que se mantêm altamente motivadas e produtivas em outras áreas da vida.

Esse estado emocional parece estar intimamente ligado a problemas em relacionamentos conturbados, onde demandas emocionais intensas, frustrações recorrentes e expectativas não correspondidas esgotam a capacidade de reagir afetivamente. Estudos neurocientíficos apontam que o sistema límbico, responsável por regular nossas emoções, pode entrar em sobrecarga quando exposto a conflitos frequentes, enquanto os circuitos dopaminérgicos, que controlam motivação e recompensa, continuam operando em níveis elevados, sustentando outras atividades.

A “preguiça sentimental” também reflete o impacto da cultura atual, que prioriza produtividade e desempenho em detrimento do cuidado emocional. A hiperconexão digital cria uma falsa sensação de proximidade, mas frequentemente gera isolamento e intensifica o esgotamento emocional. Sentimos a pressão de estarmos sempre “presentes”, mas emocionalmente nos desconectamos para sobreviver.

Do ponto de vista genômico, a regulação das emoções também é influenciada por genes como COMT e 5-HTTLPR, que determinam nossa sensibilidade emocional e capacidade de lidar com estresse. Fatores epigenéticos, como experiências de vida, ambiente e até relacionamentos, podem “ligar” ou “desligar” a expressão desses genes, tornando algumas pessoas mais suscetíveis a esse estado emocional.

A “preguiça sentimental” é, portanto, um fenômeno multifacetado. Ela envolve o desgaste emocional dos relacionamentos, a influência do ambiente digital e até predisposições biológicas. Não é apenas um sintoma da vida moderna; é um alerta de que precisamos reconectar com nossas emoções e priorizar relações mais saudáveis e autênticas. Entender esse estado é o primeiro passo para transformá-lo, resgatando o equilíbrio entre nossas emoções, corpo e mente.

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