Em um comentário publicado na Nature Neuroscience, Dzirasa et al. (2024) discutem a importância da inclusão de indivíduos de comunidades minorizadas em pesquisas biomédicas para mitigar disparidades de saúde decorrentes de um sistema médico historicamente excludente e racista. Os autores enfatizam a necessidade de uma ciência mais equitativa, na qual a comunidade participe ativamente da formulação de perguntas, interpretação de resultados e comunicação de descobertas.
O artigo destaca a African Ancestry Neuroscience Research Initiative (AANRI) como um modelo promissor para a pesquisa em genômica cerebral, integrando liderança comunitária, pesquisa científica e comunicação científica. A AANRI, que conta com a participação de líderes comunitários, da Morgan State University e do Lieber Institute for Brain Development, busca garantir que as descobertas científicas beneficiem a todos, especialmente as comunidades historicamente marginalizadas.
Dzirasa et al. (2024) argumentam que a inclusão de diversas ancestralidades genéticas em pesquisas é fundamental para o desenvolvimento de tratamentos e intervenções eficazes para todas as populações. Ao abordar as disparidades raciais na pesquisa em neurociências, os autores defendem um futuro em que a ciência seja verdadeiramente representativa e inclusiva, beneficiando a saúde e o bem-estar de todos.
Referência:
DZIRASA, Kafui et al. Towards equitable brain genomics research, for us by us. Nature Neuroscience, v. 27, p. 1021-1023, 2024.