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Ansiedade Linguística entre Estudantes Superdotados na Malásia: Implicações para Aquisição de Segunda Língua

A hipótese central é que, apesar de sua alta competência cognitiva, estudantes superdotados podem apresentar níveis significativos de ansiedade linguística, especialmente em contextos de produção oral.

por Redação CPAH

Introdução
A ansiedade linguística tem sido um fator amplamente treinado no campo da aquisição de segunda língua, associando-se qualidades ao desempenho acadêmico. Embora os estudos prévios tenham sido focados em estudantes típicos, esta pesquisa investiga a ansiedade linguística em estudantes superdotados no centro PERMATApintar da Universidade Nacional da Malásia, avaliando sua relação com o desempenho em língua inglesa. A hipótese central é que, apesar de sua alta competência cognitiva, estudantes superdotados podem apresentar níveis significativos de ansiedade linguística, especialmente em contextos de produção oral.

Metodologia
O estudo analisou 119 estudantes superdotados, com idade entre 15 e 16 anos, todos fluentes em inglês como segunda língua e com pelo menos nove anos de experiência acadêmica na língua-alvo. Foi utilizada a Escala de Ansiedade em Sala de Aula de Língua Estrangeira (FLCAS) , um instrumento validado para mensuração de ansiedade linguística. A escala contém 33 itens distribuídos em quatro dimensões: apreensão comunicativa, medo de avaliação negativa, ansiedade relacionada a testes e ansiedade na sala de aula de inglês. Os dados foram analisados ​​estatisticamente via SPSS 20 , aplicando-se testes de demonstração e de comparação de mídia entre gêneros para determinar associações entre ansiedade e desempenho acadêmico.

Resultados
Os resultados revelaram que os estudantes superdotados do PERMATApintar apresentaram um nível moderado de ansiedade linguística, com uma média geral inferior a 3.00 na escala Likert, porém que não são, em geral, ansiosos. Entretanto, diferenças individuais foram observadas, com alguns alunos demonstrando níveis elevados de compreensão comunicativa e medo de avaliação negativa.
Uma análise de gênero revelou que os estudantes do sexo feminino atingiram níveis mais elevados de ansiedade do que os estudantes do sexo masculino, porém sem significância estatística (p>0,05). Além disso, um brilho negativo significativo foi identificado entre ansiedade linguística e desempenho acadêmico em inglês (r=-0,295; p<0,01), confirmando que níveis elevados de ansiedade estão associados a um desempenho limitado. O impacto foi mais pronunciado na dimensão da apreensão comunicativa (r=-0,227; p<0,05), enfrentando que dificuldades na interação oral podem ser um fator crítico para a aquisição da língua.

Discussão
Os resultados corroboram a literatura que sugere uma relação debilitante entre ansiedade linguística e aquisição de segunda língua, ampliando essa evidência ao contexto dos estudantes superdotados. A natureza autônoma e introspectiva de muitos superdotados pode contribuir para uma menor exposição à comunicação oral, agravando a ansiedade associada ao uso da língua em situações interativas. Este achado é consistente com estudos prévios que indicam que a comunicação oral gera maior ansiedade do que outras habilidades linguísticas.

Além disso, o estudo sugere que a ansiedade linguística pode comprometer não apenas o desempenho acadêmico formal, mas também a proficiência comunicativa em inglês, um fator crítico para a inserção acadêmica e profissional em um mundo globalizado. As implicações educacionais ressaltam a necessidade de abordagens pedagógicas que promovam ambientes menos ansiosos e estimulem a confiança na comunicação oral entre estudantes superdotados.

Conclusão
A ansiedade linguística entre estudantes superdotados representa um fator relevante para a aquisição eficaz da língua inglesa, especialmente no que diz respeito à produção à oral. Estratégias pedagógicas devem ser ajustadas para minimizar os efeitos debilitantes dessa ansiedade, promovendo metodologias que incentivam o uso espontâneo da língua em um ambiente seguro e livre de julgamentos. Investigações futuras podem explorar instruções específicas para mitigar a ansiedade comunicativa e melhorar o aprendizado de segunda língua entre estudantes superdotados.

Referência:
KAMARULZAMAN, Mohd Hasrul; IBRAHIM, Noraniza; YUNUS, Melor MD; ISHAK, Noriah Mohd. Ansiedade linguística entre alunos superdotados na Malásia . Ensino da Língua Inglesa , v. 6, n. 3, pág. 20-35, 2013. DOI : 10.5539 /elt.v6n3p20 . Disponível em: https ://www .ccsenet .org /journal /index .php /elt /article /view /23876 . Acesso em: [dados de acesso].

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