A cientista portuguesa Elvira Fortunato foi distinguida pela Comissão Europeia com o Prémio Impacto Horizonte 2020, no valor de dez mil euros, pela criação do primeiro ecrã transparente com materiais ecossustentáveis.
A investigadora desenvolveu o ecrã a partir de óxido de zinco, um material semicondutor de baixo custo, não degradável e com melhores resultados. “Um cabo elétrico é condutor, mas não é transparente. Um vidro é transparente e não é condutor.
Nós aqui temos um exemplo de um vidro que está revestido com estes materiais e que é simultaneamente transparente e condutor”, explica a investigadora, que dirige o Centro de Investigação de Materiais da Universidade Nova de Lisboa. Como estes materiais são produzidos à temperatura ambiente, eu posso fabricar um ecrã em polímero, num material flexível e enrolá-lo.
Não tenho problema nenhum. Já não o posso fazer com a tecnologia convencional. Eu posso enrolar uma televisão, desenrolar, aquilo que quiser”, realça Elvira Fortunato.