A realidade virtual (RV) e a inteligência artificial (IA) têm se mostrado ferramentas promissoras no tratamento de transtornos mentais, expandindo as possibilidades de intervenção e aprimorando os resultados terapêuticos. A RV, por meio da criação de ambientes virtuais imersivos, permite a exposição controlada a situações que desencadeiam ansiedade e fobias, auxiliando no processo de dessensibilização e habituação.
A terapia de exposição à realidade virtual (VRET) tem sido utilizada com sucesso no tratamento de transtornos como ansiedade, síndrome do pânico, fobias específicas e transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) (HAYDU; KOCHHANN; BORLOTTI, 2016). A VRET proporciona um ambiente seguro e controlado, onde os pacientes podem enfrentar seus medos de forma gradual e personalizada, sob a supervisão de um profissional de saúde mental.
Além disso, a IA tem sido utilizada para desenvolver sistemas de apoio à decisão clínica, auxiliando no diagnóstico e na personalização do tratamento de transtornos mentais. Algoritmos de aprendizado de máquina podem analisar grandes volumes de dados clínicos e identificar padrões que auxiliam na identificação de pacientes em risco e na escolha das melhores opções de tratamento.
A combinação da RV e da IA abre um leque de possibilidades para o futuro da saúde mental, com o desenvolvimento de terapias mais eficazes, personalizadas e acessíveis. No entanto, é fundamental que o uso dessas tecnologias seja sempre guiado por profissionais de saúde mental qualificados, garantindo a segurança e o bem-estar dos pacientes. (RODRIGUES, 2021)
Referência:
RODRIGUES, Fabiano de Abreu. Inteligência artificial e doenças mentais. RECISATEC – Revista Científica Saúde e Tecnologia, v. 1, n. 5, 2021.