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A neurociência na alfabetização: Desvendando os caminhos da leitura

No contexto da alfabetização, a neuroplasticidade se manifesta na capacidade do cérebro de reorganizar suas redes neurais para reconhecer e processar os símbolos da escrita.

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A neurociência, em sua interface com a educação, tem desvendado os mecanismos cerebrais subjacentes ao aprendizado da leitura, revelando um universo de possibilidades para aprimorar as práticas pedagógicas. Estudos recentes têm demonstrado que o cérebro humano não é uma “tábula rasa”, mas um órgão altamente estruturado, capaz de se adaptar e se modificar em resposta aos estímulos do ambiente, fenômeno conhecido como neuroplasticidade (Dehaene, 2012).

No contexto da alfabetização, a neuroplasticidade se manifesta na capacidade do cérebro de reorganizar suas redes neurais para reconhecer e processar os símbolos da escrita. Essa reorganização ocorre principalmente em áreas específicas do hemisfério esquerdo, como a região occipitotemporal ventral, responsável pela identificação das letras e pela decodificação fonológica (Dehaene, 2012).

As descobertas da neurociência têm implicações significativas para a educação, especialmente para a alfabetização. A compreensão dos mecanismos cerebrais envolvidos na leitura permite o desenvolvimento de métodos de ensino mais eficazes, que levem em consideração as particularidades do funcionamento cerebral e as diferentes fases do aprendizado da leitura (Dehaene, 2012).

Referência:

DA SILVA PINTO, Miriam; RODRIGUES, Fabiano de Abreu Agrela. A alfabetização sob a perspectiva da neurociência. Ciência Latina, v. 6, n. 1, p. 4603-4627, 2022.

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