Por: Dr. Alexandre Silva e Silva
As vantagens das técnicas minimamente invasivas, como a vídeolaparoscopia e a cirurgia robótica sobre as técnicas chamadas de tradicionais, ou cirurgia aberta, são inúmeras e cientificamente comprovadas.
O fato de não ser necessária a abertura da parede abdominal através de uma grande incisão, torna a agressividade do procedimento cirúrgico muito menor.
A sensação de fragilidade após um procedimento tradicional é uma ocorrência comum entre pacientes submetidas à cirurgia aberta, muitas vezes causada pela impressão de que o corte pode abrir a qualquer momento e expor os órgãos abdominais.
Esse fato, não é frequentemente associado as pacientes submetidas às técnicas minimamente invasivas, que por terem apenas pequenas incisões de 5mm no abdome, não tem essa sensação ou impressão.
Uma cirurgia aberta, na grande maioria das vezes, apresenta uma quantidade de sangramento maior do que o de uma cirurgia minimamente invasiva. Esse sangramento por si só, impacta na dor no pós-operatório, pois o sangue funciona como um irritativo quando em contato com a camada de revestimento da cavidade abdominal.
A maior quantidade de sangramento, também pode impactar na incidência de anemia o que pode prejudicar a breve recuperação dessas pacientes e também favorecer a incidência de infecção.
A menor incidência de dor no pós-operatório das pacientes submetidas às técnicas minimamente invasivas, é clara quando comparada com as das pacientes submetidas há um procedimento cirúrgico tradicional. Isso impacta diretamente na quantidade e qualidade das medicações que precisarão ser prescritas para essas pacientes no pós-operatório imediato, permitindo que sejam necessárias medicações menos potentes e por um período menor.
Com menos dores no pós-operatório, as pacientes apresentam uma melhor recuperação, conseguindo movimentar-se precocemente, caminhar já nas primeiras 24h após o procedimento sem grandes dificuldades, o que promove o retorno da movimentação e função intestinal e diminuindo a distensão do abdome.
Quando a paciente apresenta uma recuperação mais rápida, ela necessita ficar menos tempo internada no hospital, podendo ter alta precoce num período de 12 à 24h, à depender da complexidade de cada procedimento. Procedimentos com necessidade de ressecção intestinal podem necessitar de um período mais longo de internação que varia de 3 à 5 dias, mesmo quando realizados por via minimamente invasiva.
Retornando precocemente ao conforto do seu lar e a companhia de seus entes queridos, a recuperação dos pacientes cirúrgicos se dá de forma mais eficiente do que quando em ambiente hospitalar, diminuindo também a incidência de infecção.
Tudo isso permite que essas pacientes possam retornar rapidamente à sua rotina de atividades diárias, profissionais e esportivas, promovendo um benefício social e uma melhor qualidade de vida que além da cura é o nosso maior objetivo.