Um estudo produzido pelo cirurgião Bucomaxilofacial Marcelo Galindo Soares e alguns outros profissionais de saúde descreveu o tratamento cirúrgico do que chamamos de hipertrofia bilateral temporal e massetérica.
A hipertrofia bilateral do músculo temporal é incomum e pode estar associada ao comprometimento de outros músculos do sistema mastigatório, como masseter e pterigóideo.
Além de possíveis repercussões na estética facial, há relatos de disfunção da articulação temporomandibular, como dificuldade de mastigação, dor e trismo.
O tratamento pode ser feito de forma conservadora, através de medidas não-invasivas ou por meio de procedimentos cirúrgicos.
“A hipertrofia dos músculos mastigatórios é caracterizada por aumento generalizado do tecido muscular que afeta a estética facial e pode ou não ser acompanhada de dor [1-3]. Esta condição pode ser congênita, mas mais frequentemente é adquirida”, diz o estudo.
Ainda conforme Galindo, na publicação, a origem tem sido atribuída à hiperatividade muscular e parafunções originadas do estilo de vida estressante que causa bruxismo ou apertamento [2,3].
“A hipertrofia do músculo massetérico é uma entidade clínica relativamente comum que pode afetar um ou ambos os lados e também causa aumento secundário do ângulo mandibular como resultado da remodelação funcional”, completa.
O estudo aponta ainda que a hipertrofia do músculo temporal é uma entidade clínica rara e poucos casos são relatados. Mais frequentemente, apresenta envolvimento bilateral e geralmente está associado à hipertrofia massetérica [3].