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Terapia Gênica para doenças Neurológicas: Uma revolução na medicina moderna

A terapia gênica tem se mostrado uma abordagem promissora para diversas doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA).

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Introdução:

A terapia gênica está rapidamente se tornando uma abordagem inovadora e promissora para o tratamento de uma variedade de doenças neurológicas, muitas das quais eram previamente consideradas incuráveis ou de difícil manejo. Esta modalidade terapêutica visa corrigir, substituir ou modificar genes defeituosos ou ausentes, oferecendo nova esperança para pacientes que sofrem de distúrbios neurodegenerativos, doenças genéticas raras e outras condições neurológicas debilitantes. (CAVASSANI NETO et al., 2024)

Avanços na Terapia Gênica para Doenças Neurodegenerativas:

A terapia gênica tem se mostrado uma abordagem promissora para diversas doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, Parkinson e Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Em modelos pré-clínicos e ensaios clínicos iniciais, a administração de vetores virais contendo genes neuroprotetores demonstrou eficácia em retardar a progressão da doença, preservando a função cognitiva e reduzindo a perda neuronal. Para a doença de Parkinson, a terapia gênica tem se concentrado na modificação de vias metabólicas e na reposição de dopamina, com resultados promissores em ensaios clínicos. (CAVASSANI NETO et al., 2024)

Terapia Gênica para Doenças Neurológicas Raras:

As doenças neurológicas raras, muitas das quais são de origem genética, têm se beneficiado significativamente dos avanços em terapia gênica. A terapia gênica oferece a possibilidade de corrigir as mutações genéticas subjacentes, proporcionando uma abordagem direcionada para tratar essas doenças devastadoras. A utilização de vetores virais para entregar uma cópia funcional do gene defeituoso diretamente às células-tronco hematopoiéticas demonstrou ser uma estratégia promissora, especialmente em crianças nos estágios iniciais da doença. (CAVASSANI NETO et al., 2024)

Terapia Gênica para Doenças Psiquiátricas e Outros Distúrbios Neurológicos:

A terapia gênica também tem sido explorada como uma abordagem inovadora para o tratamento de doenças psiquiátricas e outros distúrbios neurológicos, como epilepsia e dor neuropática crônica. Um dos principais alvos da terapia gênica em doenças psiquiátricas tem sido o circuito mesolímbico, que está fortemente implicado na regulação do humor e na motivação. A modulação da expressão de genes relacionados aos receptores de dopamina tem sido investigada como uma estratégia para corrigir desequilíbrios dopaminérgicos associados a distúrbios como a esquizofrenia. (CAVASSANI NETO et al., 2024)

Desafios e Limitações na Implementação da Terapia Gênica:

Apesar dos avanços notáveis na pesquisa e desenvolvimento da terapia gênica para doenças neurológicas, diversos desafios e limitações ainda precisam ser superados. Um dos principais desafios técnicos é a barreira hematoencefálica (BHE), que dificulta a entrega de vetores virais ao tecido cerebral. A especificidade da expressão gênica e a resposta imunológica aos vetores virais também representam desafios significativos. Do ponto de vista ético e regulatório, a terapia gênica levanta questões complexas sobre a modificação genética de células humanas, especialmente no contexto do SNC. (CAVASSANI NETO et al., 2024)

Conclusão:

A terapia gênica emergiu como uma das abordagens mais promissoras para o tratamento de doenças neurológicas, oferecendo novas esperanças para condições que até recentemente eram consideradas intratáveis. As estratégias baseadas na modificação direta de genes específicos, na entrega de genes neuroprotetores e na utilização de vetores virais mais seguros representam as práticas mais promissoras no campo. No entanto, a implementação bem-sucedida da terapia gênica dependerá de um equilíbrio cuidadoso entre inovação científica e responsabilidade ética. (CAVASSANI NETO et al., 2024)

Referência:

CAVASSANI NETO, R. O. et al. Avanços na Terapia Gênica para Doenças Neurológicas: Promessas e Desafios. Brazilian Journal of Implantology and Health Sciences, v. 6, n. 9, p. 381-399, 2024.

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