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Superdotação, insegurança em palestras e neurociência: Um estudo de caso autobiográfico

A pesquisa destaca o papel da amígdala, do córtex pré-frontal e do perfeccionismo na resposta ao estresse social, elucidando como esses fatores podem amplificar a insegurança em indivíduos com altas habilidades.

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Este estudo de caso autobiográfico, conduzido por Rodrigues (2024), explora a experiência de um indivíduo com superdotação profunda (3DP/4DP) ao lidar com a insegurança em apresentações, revelando estratégias de enfrentamento e aprofundando a compreensão dos mecanismos cerebrais subjacentes. A pesquisa destaca o papel da amígdala, do córtex pré-frontal e do perfeccionismo na resposta ao estresse social, elucidando como esses fatores podem amplificar a insegurança em indivíduos com altas habilidades.

O estudo revela que a crença de que “nada nem ninguém poderia me matar”, desenvolvida na infância, serviu como um mantra para o autor enfrentar o medo em situações de exposição pública. A trajetória do autor, marcada por uma transição da introversão para a extroversão, demonstra a importância de desenvolver estratégias de enfrentamento personalizadas para lidar com a insegurança. O autor relata o uso de técnicas como a escolha de rostos amigáveis na plateia, a confiança no próprio conhecimento e a visualização do dever cumprido como pilares para superar a insegurança.

A pesquisa também investiga como experiências na infância, como o isolamento social e a falta de desafios intelectuais, podem influenciar a resposta ao estresse social na vida adulta. A busca por validação, intrínseca ao perfeccionismo, impulsionou a transição do autor para a extroversão, mas também alimentou a insegurança. No entanto, a confiança na capacidade de improvisar e responder a perguntas, mesmo sem uma preparação meticulosa, proporcionou segurança ao autor.

Em suma, o estudo oferece uma perspectiva única sobre a complexidade da insegurança em indivíduos com superdotação profunda, destacando a importância do desenvolvimento de estratégias de enfrentamento personalizadas e da compreensão dos mecanismos neurocientíficos subjacentes. A pesquisa contribui para o campo da neurociência ao explorar a interação entre fatores biológicos, psicológicos e sociais na experiência da insegurança em palestras, abrindo caminho para futuras intervenções e pesquisas nessa área.

Referência:

RODRIGUES, F. A. A. Superdotação, insegurança em palestras e neurociência: um estudo de caso autobiográfico. Ciência Latina Revista Científica Multidisciplinar, v. 8, n. 3, p. 6391-6410, 2024.

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