Por, Dr. Fabiano de Abreu Agrela Rodrigues
Os aviões são considerados os meios de transporte mais seguros do mundo, no entanto, uma nova descoberta aponta que passageiros em voos podem ser atingidos por radiação, o que pode gerar uma série de problemas de saúde.
Segundo o AGU – American Geophysical Union (Associação internacional que tem como objetivo promover descobertas sobre a Terra e o espaço), os chamados “raios negros” ou “relâmpagos escuros” podem expor temporariamente passsageiros de aviões a níveis perigosos de radiação.
Os raios são desencadeados por tempestade, que, com os relâmpagos, produzem campos elétricos, gerando assim, uma estimulação dos elétrons fazendo-os se movimentarem em altas velocidades, colidindo assim com moléculas do ar, o que produz os raios gama.
Esses raios, segundo o cientista atmosférico Mélody Pallu, surgem em altitudes de cerca de 15 quilômetros, justamente o espaço aéreo onde ocorrem os voos comerciais, que se forem realizados a pelo menos 200 metros de distância do ponto de início dos “raios negros” pode expor todos os seus integrantes a 0,3 sieverts de radiação, enquanto o nível máximo considerado seguro seriam 0,2 sieverts durante um ano.
Essa exposição a níveis tão elevados de radiação em um curto espaço de tempo pode gerar diversos efeitos negativos no cérebro, como o aumento do risco de desenvolver doenças neurodegenerativas e câncer na região da cabeça, alterações nas ondas cerebrais e morte neuronal.
Diante desses riscos é fundamental que sejam realizadas pesquisas mais profundas sobre o fenômeno, seus efeitos a longo prazo à saúde e formas de evitar ou minimizar o contato com esse tipo de radiação.