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Programa Nacional de Imunização no Contexto da Atenção Primária: Uma Análise da Literatura Científica

Uma revisão integrativa da literatura, realizada por Chrystopher Stelle Bodziak, Josiéli Sacoman e Debora Mariana da Silva Marioto, destaca esses desafios e propõe caminhos para superá-los.

por Redação CPAH

O Programa Nacional de Imunização (PNI) do Brasil, instaurado na década de 1970, é reconhecido como uma das mais bem-sucedidas iniciativas de saúde pública mundial. No entanto, a implementação efetiva do PNI na Atenção Primária à Saúde (APS) enfrenta desafios que exigem atenção contínua. Uma revisão integrativa da literatura, realizada por Chrystopher Stelle Bodziak, Josiéli Sacoman e Debora Mariana da Silva Marioto, destaca esses desafios e propõe caminhos para superá-los.

Fundamentos da Imunização: A vacinação é uma das estratégias de saúde pública mais eficazes, seguras e econômicas para prevenir doenças infecciosas, promovendo qualidade de vida e reduzindo a mortalidade, especialmente em grupos vulneráveis. O PNI busca a imunização universal, alinhado com os princípios do Sistema Único de Saúde (SUS), como integralidade, equidade e universalidade.

Desafios na Implementação: Apesar das altas taxas de cobertura vacinal no Brasil, a revisão revela falhas significativas. Entre elas, a conservação inadequada de vacinas, com uso de equipamentos domésticos impróprios para armazenamento, e a falta de capacitação contínua dos profissionais de enfermagem responsáveis pela vacinação. Estes problemas podem levar a uma diminuição da eficácia vacinal e ao aumento de surtos de doenças preveníveis.

Papel da Enfermagem: Os enfermeiros desempenham um papel crucial na APS, sendo responsáveis pela aplicação de vacinas, educação em saúde e monitoramento das coberturas vacinais. No entanto, a revisão indica que muitos profissionais carecem de atualizações sobre protocolos de vacinação e manejo de efeitos adversos, o que compromete a qualidade do serviço.

Métodos da Revisão: A análise foi baseada em 4.183 artigos encontrados em bases de dados como BVS, SciELO e Google Acadêmico, restringindo-se a publicações de 2017 a 2022. Após critérios de inclusão e exclusão, seis artigos foram selecionados para detalhada análise, oferecendo uma visão tanto qualitativa quanto quantitativa das práticas de imunização na APS.

Conclusões e Recomendações: Os estudos revisados revelam a necessidade de:

  • Educação Continuada: Treinamentos regulares para profissionais de saúde, com foco na atualização de protocolos de vacinação.
  • Infraestrutura Adequada: Melhoria na conservação e armazenamento das vacinas, evitando o uso de refrigeradores domésticos.
  • Ferramentas de Gestão: Implementação de checklists e sistemas de informação para monitoramento e gestão da vacinação.

A revisão enfatiza que, embora o Brasil seja referência em imunização, a implementação do PNI na APS requer investimentos em educação, estrutura e ferramentas de avaliação para garantir uma imunização eficaz. A conscientização pública sobre a importância das vacinas também é essencial para aumentar as coberturas vacinais.

Impacto Futuro: A melhoria na execução do PNI pode não só preservar conquistas históricas na saúde pública brasileira mas também posicionar o país como líder global em imunização, especialmente em tempos de novas ameaças sanitárias globais.

Referências:

  • Bodziak, C.S., Sacoman, J., Marioto, D.M. da S. (2024). Programa Nacional de Imunização na Atenção Primária à Luz da Literatura Científica. CPAH Science Journal of Health, 7(2), 1-13.

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