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Início OpiniãoO processo e as características do sequestro psicológico: um modelo indígena de corrupção na China 

O processo e as características do sequestro psicológico: um modelo indígena de corrupção na China 

por Redação CPAH

Com base em um estudo qualitativo de casos de corrupção na China, foi desenvolvido um modelo conhecido como sequestro psicológico para explicar como funcionários públicos inicialmente honestos se tornam corruptos. Esse modelo descreve o processo pelo qual os subornadores, chamados de “sequestradores”, estabelecem relacionamentos com os funcionários, chamados de “sequestrados”, para ocultar a intenção do suborno e gradualmente levá-los à corrupção. A pesquisa, que incluiu a análise de 38 casos de corrupção e entrevistas com ex-funcionários, identificou um fenômeno de “sapo fervido”, onde o funcionário, inicialmente se sentindo seguro, aceita pequenos “favores” e gradualmente se torna insensível ao perigo até ser incapaz de escapar.

O sequestro psicológico se desenrola em três estágios principais: atração e aceitação, confiança e integração, e conluio ou fratura. Inicialmente, o sequestrador busca estabelecer um vínculo com o funcionário, buscando um ponto de ligação, como um interesse em comum, e entrega recursos de forma dissimulada, sem pedir nada em troca. Nessa fase, o funcionário não percebe as verdadeiras intenções do sequestrador e se sente seguro. O relacionamento se aprofunda no segundo estágio, onde o funcionário se acostuma com os favores recebidos, interpretando-os como uma manifestação de amizade (um “laço expressivo”), o que reduz sua percepção de risco.

A culminação do processo ocorre no terceiro estágio, quando o sequestrador revela suas intenções instrumentais e faz uma exigência ilegal, muitas vezes utilizando “ameaças sutis”. Nesse ponto, o funcionário se vê em um dilema moral, preso a um “dilema de renqing” (reciprocidade). A cultura chinesa, com base em princípios como renqing (a norma da reciprocidade) e mianzi (face), exerce uma forte pressão sobre o funcionário para retribuir os favores recebidos. Recusar o pedido pode resultar em um alto custo social, como o rompimento de laços afetivos e a perda de “face”. Dessa forma, o funcionário, mesmo ciente do perigo, se sente coagido e, muitas vezes, cede à corrupção. O modelo ilustra a dinâmica em que a percepção de risco do funcionário diminui, enquanto o custo de rejeitar o pedido do sequestrador aumenta, tornando a corrupção uma consequência quase inevitável.

Referência:

Yan Xu, Liying Jiao, Ruijie Xu, Qiudi Feng, Fang Wang, Jiang Jiang, and Changsheng Chen. The Process and Characteristics of Psychological Kidnapping: An Indigenous Model of Corruption in China. JOURNAL OF PACIFIC RIM PSYCHOLOGY, Volurne 12, e13, page 1 of 12. doi: 10.1017/prp.2017.24

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