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Narcisismo: A Dor da Exclusão Social Revelada no Cérebro

por Redação CPAH

O narcisismo é um fenômeno complexo, caracterizado por uma autovalorização defensiva. Indivíduos narcisistas frequentemente exibem estilos de apego evitativo, mantêm distância em seus relacionamentos e afirmam não precisar dos outros. Contudo, paradoxalmente, são hipersensíveis às avaliações alheias, buscando constantemente admiração para sustentar sua autoimagem inflada e reagindo de forma extrema, inclusive com agressão, quando se sentem rejeitados. Um estudo explorou essa contradição, investigando a hipótese de que narcisistas também manifestam hipersensibilidade em sistemas cerebrais associados ao sofrimento causado pela exclusão.

O estudo mediu o narcisismo e monitorou as respostas neurais de adolescentes do sexo masculino à exclusão social usando o jogo virtual Cyberball. A análise por ressonância magnética funcional (fMRI) focou em uma rede de dor social definida a priori, que inclui o córtex cingulado anterior dorsal (dACC), a ínsula anterior (AI) e o córtex cingulado anterior subgenual (subACC). Os resultados mostraram que o narcisismo estava significativamente associado a uma maior ativação nessa rede de dor social durante a exclusão.

Esses achados sugerem que a hipersensibilidade de narcisistas à exclusão pode ser uma função de uma hipersensibilidade nos sistemas cerebrais ligados ao sofrimento, algo que não é aparente apenas por meio de autorrelatos. De fato, enquanto a ativação da rede de dor social no cérebro era maior em indivíduos com mais traços narcisistas, os autorrelatos de angústia após a exclusão não se correlacionaram com as pontuações de narcisismo. Isso destaca a utilidade de metodologias de neuroimagem para compreender fenômenos psicológicos que a autorreflexão não consegue captar.

O estudo sugere que, apesar de características que poderiam ser protetoras contra a rejeição, como alta autoestima autorrelatada e apego evitativo, os narcisistas ainda experimentam respostas neurais elevadas à exclusão. Essa hipersensibilidade neural pode ser um mecanismo subjacente que contribui para o comportamento interpessoal problemático de narcisistas, como a agressão após a rejeição social. A aparente falta de interesse em relacionamentos sociais pode, na verdade, ser um mecanismo de enfrentamento para lidar com a hipersensibilidade subjacente à exclusão social. A ativação crônica de regiões cerebrais ligadas à ameaça social ou à angústia pode levar a um aumento na atividade do sistema nervoso simpático e do eixo hipotálamo-hipófise-adrenal, o que, quando cronicamente estressado, tem sido associado a doenças a longo prazo.

Em conclusão, os resultados do estudo indicam uma via potencial que conecta o narcisismo a consequências negativas para a saúde física e mental a longo prazo. A compreensão dos mecanismos neurais subjacentes à hipersensibilidade social dos narcisistas pode fornecer pistas para intervenções eficazes, como terapias focadas em reduzir a dor social ou mesmo estratégias que abordem a fisiologia.

Referência:

Cascio, C. N., Konrath, S. H., & Falk, E. B. (2015). Narcissists’ social pain seen only in the brain. Social Cognitive and Affective Neuroscience, 10(3), 335-341. https://doi.org/10.1093/scan/nsu072

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