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As Raízes Psicológicas da Fascinação Narcisista por Teorias da Conspiração

por Redação CPAH

O narcisismo, definido como uma convicção da própria superioridade e um senso de merecimento a um tratamento especial, é um forte preditor de crença em teorias da conspiração. Ao contrário da autoestima segura, que é caracterizada por sentimentos de adequação, o narcisismo é associado à sensibilidade a ameaças. Estudos em diversos contextos e países têm replicado consistentemente essa associação, sugerindo que o narcisismo é um dos melhores preditores psicológicos de crenças conspiratórias.

Uma abordagem recente na pesquisa sobre o narcisismo sugere que ele pode ser decomposto em três componentes principais: antagonismo, extroversão agêntica e neuroticismo narcisista. Cada um desses componentes pode predispor os indivíduos a endossar teorias da conspiração por meio de diferentes mecanismos psicológicos. Quatro mecanismos potenciais são propostos para explicar essa ligação:

Paranoia: Narcisistas tendem a acreditar que os outros são maliciosos e querem prejudicá-los intencionalmente. Essa paranoia pode se estender para uma crença mais ampla de que a sociedade está sob ameaça, o que os torna receptivos a teorias da conspiração. A paranoia é um fator mediador consistente, especialmente para o narcisismo vulnerável, que é fortemente ligado ao neuroticismo.

Necessidade de controle/domínio: O antagonismo narcisista pode levar à busca por domínio e controle, especialmente como uma forma de lidar com a antecipação de derrotas. As teorias da conspiração podem ser atraentes, pois oferecem um bode expiatório para os fracassos pessoais, culpando um grupo específico. Essa necessidade de controle também se manifesta em outros traços da “Tríade Sombria”, como a psicopatia e o maquiavelismo, que também estão associados a crenças conspiratórias.

Necessidade de singularidade: A extroversão agêntica, um traço do narcisismo grandioso, está associada à necessidade de singularidade. Teorias da conspiração apelam para essa necessidade ao oferecer acesso a “informações privilegiadas”, fazendo o indivíduo sentir-se especial.

Credulidade: Embora se considerem superinteligentes, narcisistas tendem a ser ingênuos e menos propensos a se engajarem em reflexão cognitiva. Estudos mostram que o antagonismo e o neuroticismo narcisista estão associados a uma maior credulidade, o que fortalece a ligação com as teorias da conspiração. A credulidade é a falta de ceticismo e a vulnerabilidade à manipulação, que são exacerbadas pela desconfiança narcisista.

Paralelamente ao narcisismo individual, o “narcisismo coletivo”—a crença de que o próprio grupo é excepcional e merece tratamento especial—também está associado a teorias da conspiração. Esses indivíduos tendem a ser hipersensíveis a ameaças intergrupais e culpam forças externas por falhas do seu grupo.

As implicações desses achados são significativas, especialmente no campo da liderança política. Narcisistas tendem a se sentir qualificados para cargos políticos e são mais prevalentes entre líderes populistas e autocráticos. Portanto, o engajamento com teorias da conspiração por parte de políticos é uma preocupação, especialmente em momentos de desafios ao seu poder e controle. Intervenções que visam quebrar a ligação entre narcisismo e crenças conspiratórias poderiam focar em satisfazer a necessidade de controle de forma saudável.

A pesquisa futura pode explorar a motivação para compartilhar teorias da conspiração nas redes sociais. A extroversão agêntica, por exemplo, pode estar associada ao compartilhamento em busca de atenção, enquanto o antagonismo e o neuroticismo podem estar ligados à credulidade ou à necessidade de culpar os outros.

Referência:

Cichocka, A., Marchlewska, M., & Biddlestone, M. (2022). Why do narcissists find conspiracy theories so appealing? Current Opinion in Psychology, 47, 101386. https://doi.org/10.1016/j.copsyc.2022.101386

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