O QI desenvolve a cognição

Coluna de Dr. Fabiano de Abreu Agrela

A cognição e a inteligência são conceitos que têm sido amplamente estudados em diversas áreas do conhecimento, incluindo a psicologia, a neurociência e a educação. A cognição é um processo complexo e multifacetado que envolve a aquisição, o armazenamento, a recuperação e o uso de informações. Ela pode ser influenciada por diversos fatores, como a experiência, a educação, a idade, a saúde e o ambiente em que o indivíduo vive.

A inteligência, por sua vez, é uma capacidade geral que permite ao indivíduo aprender, compreender, adaptar-se e resolver problemas de forma eficaz, assim como a lógica e a criatividade. Ela pode ser medida por meio de testes padronizados, como o teste de QI (quociente de inteligência).

No entanto, é importante destacar que o QI é uma medida de inteligência que não necessariamente tem interferência cognitiva  e pode ser influenciado por diversos fatores, como o ambiente cultural e educacional em que o indivíduo foi criado, a saúde mental e física, a genética e outros aspectos.

Uma pessoa pode ter alto QI e baixa capacidade cognitiva por diversos fatores. Seja genético ou transtornos como TDAH – Transtorno Déficit de Atenção e Hiperatividade, autismo, entre outros. Ou seja, devemos compreender que inteligência e capacidade cognitiva são coisas distintas.

Pensando em números de QI através de testes de Inteligência, quanto maior a pontuação, maior a capacidade do indivíduo desenvolver a sua cognição a depender, claro, do ambiente onde foi criado desde a gestação, alimentação, educação, hábitos e experiência de vida.

Os desafios são um grande aliado da neuroplasticidade cerebral para um melhor desenvolvimento cerebral.

A neuroplasticidade cerebral é um conceito importante para entender o desenvolvimento cognitivo e a capacidade de aprendizagem ao longo da vida. Ela se refere à capacidade do cérebro de se adaptar e mudar em resposta à experiência, à aprendizagem e a outros estímulos. A plasticidade cerebral pode ser influenciada por diversos fatores, como o envelhecimento, a educação, a prática e a estimulação intelectual.

Os desafios e as atividades cognitivamente exigentes são importantes para promover a neuroplasticidade cerebral e o desenvolvimento cognitivo. Mas a neuroplasticidade também pode ser eficaz no desenvolvimento da inteligência lógica, relacionada ao córtex pré-frontal no cérebro que serve de precursor para o desenvolvimento cognitivo.

Estudos têm mostrado que o treinamento de memória, atenção e resolução de problemas, pode melhorar o desempenho cognitivo e da inteligência em indivíduos saudáveis e em pessoas com transtornos cognitivos e neurológicos.

Em suma, a cognição e a inteligência são conceitos complexos e interconectados que são influenciados por diversos fatores. O desenvolvimento cognitivo e a capacidade de aprendizagem ao longo da vida podem ser promovidos por meio de atividades exigentes e estímulos que promovam a neuroplasticidade cerebral.

ISSN: 2763-6895

Prefixo DOI: 10.56238/cpahciencia-009

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