A inteligência, uma capacidade humana complexa e multifacetada, tem sido objeto de estudo e fascínio ao longo da história. No entanto, a percepção de indivíduos altamente inteligentes como uma ameaça potencial levanta questões intrigantes sobre a dinâmica social e a natureza da inteligência.
Abreu Rodrigues (2021) explora a relação entre inteligência e persuasão, destacando a habilidade de indivíduos inteligentes em articular argumentos convincentes e influenciar o pensamento de outros. Essa capacidade, embora valiosa em diversos contextos, pode gerar reações ambivalentes nas pessoas ao redor. Enquanto alguns são atraídos pela inteligência e pela capacidade de liderança, outros podem sentir-se intimidados ou ameaçados, experimentando sentimentos de aversão ou inadequação.
A ameaça percebida pode ser atribuída à combinação de fatores, incluindo a facilidade de comunicação, o amplo conhecimento em diversas áreas e a rapidez no processamento de informações, características frequentemente associadas a indivíduos com alto quociente de inteligência (QI). Essa combinação pode levar a uma sensação de inferioridade nos outros, desencadeando reações como raiva e ressentimento.
No entanto, é importante ressaltar que a inteligência em si não é uma ameaça. A forma como ela é utilizada e a maneira como os indivíduos inteligentes se relacionam com os outros desempenham um papel crucial na percepção de ameaça. A arrogância, a prepotência e a falta de empatia podem exacerbar essa percepção, enquanto a humildade, a colaboração e o respeito mútuo podem promover um ambiente de aprendizado e crescimento para todos.
Referência:
ABREU RODRIGUES, F. Pessoas muito inteligentes são uma ameaça. Ciencia Latina Revista Científica Multidisciplinar, Ciudad de México, México, v. 5, n. 5, p. 9850-9857, 2021.
