Uma descoberta revolucionária surgiu no campo da microbiologia e genômica, trazendo à luz a existência de estruturas conhecidas como “Obeliscos” no microbioma humano. Esta descoberta, realizada por cientistas de renome, introduz um novo capítulo na compreensão da complexidade do corpo humano.
Os Obeliscos são estruturas de RNA, notavelmente semelhantes a vírus, encontradas no microbioma oral e intestinal. Caracterizam-se por genomas de RNA circulares, estruturas secundárias em forma de bastonete e a capacidade de codificar proteínas específicas denominadas ‘Oblins’. A presença destas estruturas sugere uma nova classe de elementos parecidos com viróides, representando uma faceta anteriormente desconhecida da biologia humana.
Interessantemente, observou-se que os Obeliscos tendem a infectar bactérias, com uma presença significativa tanto em bactérias orais quanto intestinais. Isso indica uma interação complexa e até agora não explorada dentro do nosso próprio corpo, potencialmente influenciando tanto a saúde quanto a doença.
A pesquisa abrangente identificou aproximadamente 30.000 variantes diferentes de Obeliscos, revelando uma diversidade biológica surpreendente e ainda inexplorada. Essa descoberta não só desafia o entendimento atual da microbiologia e genômica, mas também abre novas possibilidades de investigação em várias áreas da biologia.
Os Obeliscos foram classificados como um grupo filogenético distinto, sem semelhanças óbvias com quaisquer agentes biológicos conhecidos até o momento. Sua predominância nos metatranscriptomas do microbioma humano e a continuidade de sua presença, observada por mais de 300 dias em alguns casos, enfatiza a importância de compreender melhor o microbioma humano e sua interação com o corpo.
Essas descobertas são um marco no estudo do microbioma humano, oferecendo novos caminhos para explorar como nosso corpo interage com seu próprio conjunto de microorganismos. Elas representam não apenas um avanço significativo no campo da genômica e microbiologia, mas também prometem expandir nosso conhecimento sobre a saúde humana de maneiras anteriormente inimagináveis.
Referência: Ivan N. Zheludev et al. (2024). “Viroid-like colonists of human microbiome”, bioRxiv. doi:10.1101/2024.01.20.576352.