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Algo que por séculos foi uma obsessão dos alquimistas. A façanha ocorreu usando o Grande Colisor de Íons Pesados (parte do acelerador de partículas europeu), onde núcleos de chumbo colidiram a velocidades próximas à da luz, ejetando três prótons de seus núcleos — o suficiente para convertê-los, temporariamente, em ouro (que tem 79 prótons, contra 82 do chumbo).
Resumo do que foi feito:
- Elemento original: Chumbo (82 prótons)
- Objetivo: Ouro (79 prótons)
- Como: Colisões ultraenergéticas entre núcleos de chumbo
- Resultado: Ejeção de 3 prótons → núcleo com 79 prótons = ouro
- Duração: ~1 microssegundo
- Massa total produzida: 29 trilionésimos de grama
- Período dos testes: 2015 a 2018
- Quantidade de núcleos de ouro criados: ~86 bilhões
Importância:
Apesar de ser economicamente inviável — devido à altíssima energia e custo do processo — o experimento prova que transmutar elementos é fisicamente possível, como já previa a física nuclear moderna. Mais do que “fazer ouro”, o estudo ajuda a compreender:
- Física de partículas nucleares
- Formação de elementos em supernovas
- Limites de estabilidade dos átomos