Homem moderno entrou cedo no território português

Uma equipa internacional de arqueólogos, na qual participaram diversos investigadores portugueses, chegou à conclusão de que o homem moderno chegou ao extremo ocidental da Península Ibérica – território que hoje é Portugal – cinco mil anos mais cedo.

São apenas cinco mil anos de história, mas vem mudar o conhecimento que hoje temos sobre a ocupação do homem moderno no território que agora se chama Portugal.

Ao escavarem na Lapa do Picareiro em Minde, nos arredores de Alcanena, os arqueólogos descobriram vestígios que o Homo sapiens ocupava a região há 41 a 38 mil anos. Ou seja, uns milhares de anos antes do que se pensava. E numa época em que este território era igualmente habitado por clãs de Homo neanderthalensis – uma espécie humana ancestral e entretanto extinta.

A coexistência das duas espécies humanas no mesmo espaço físico e no mesmo período temporal vem abrir a possibilidade de contactos entre ambas. Algo que já se sabia ter acontecido noutras geografias, mas não neste extremo da Europa. E uma vez que os modernos europeus têm elementos do código genético dos neandertais entre os seus genes, sabe-se que terão existido trocas físicas, e eventualmente culturais, entre ambos os grupos.

O resultado desta investigação foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences, tendo sido realizado por uma equipa internacional, na qual participaram arqueólogos da Universidade do Algarve e da Universidade Autónoma de Lisboa.

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